Saúde e Bem-estar

Ministra da Saúde diz que há medidas no plano de emergência e no PRR para resolver problema dos internamentos sociais

Os internamentos sociais em hospitais públicos aumentaram 11% num ano. Considera-se internamento social ou inapropriado todos os dias que um doente passa no hospital após alta clínica e não existe motivo de saúde que justifique a sua permanência em ambiente hospitalar.

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O Serviço Nacional de Saúde tinha, a 20 de março, 2.164 camas ocupadas com internamentos sociais, mais 11% face ao mesmo período de 2023, com um custo de mais de 68 milhões de euros para o Estado.

Os dados, que são revelados na 8.ª edição do Barómetro dos Internamentos Sociais (BIS), referem que àquela data, estes casos representavam 11,1% do total de internamentos nos hospitais públicos, o denominado Índice de Inapropriação do Internamento, o que representa um aumento de 0,6 pontos percentuais (p.p), cerca de 5,7%, face aos dados do anterior Barómetro.

Lisboa e Vale do Tejo e o Norte são as regiões com maior número de internamentos inapropriados, representando 80% do total destes internamentos e 97% do respetivo total de dias, revela o barómetro realizado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), em parceria com a consultora EY Portugal, e com o apoio institucional da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e da Associação dos Profissionais de Serviço Social, que é apresentado hoje no Centro de Reabilitação do Norte, em Valadares.

Considera-se internamento inapropriado todos os dias que um doente passa no hospital após alta clínica e não existe motivo de saúde que justifique a sua permanência em ambiente hospitalar.

Em declarações aos jornalistas, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu que os internamentos sociais e de longa duração têm impacto na gestão do Serviço Nacional de Saúde e garantiu que há medidas contempladas no plano de emergência e no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para resolver o problema.

"Há falhas nos serviços dos nossos hospitais e antes de chegarmos ao Inverno precisamos urgentemente de dar condições aos nossos conselhos de administração, nomeadamente internamento disponível para aqueles que vão precisar e também capacidade para não termos listas de espera, se não umas coisas relacionam se com outras", começou por dizer.

“Estamos a trabalhar nisso. Vão ver no plano de emergência e no PRR”, acrescentou.

Com Lusa