Os dados da Direção Geral da Saúde (DGS) mostram uma quebra de cerca de 17% em relação ao ano passado. Feitas as contas, vacinaram-se contra a covid-19 menos 300 mil pessoas, uma diminuição que é transversal a todas as idades.
No entanto, e em declarações ao jornal Observador, o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Bernardo Gomes, diz que esta quebra não é “surpreendente”, mas que pode ter impacto, nomeadamente no aumento dos casos graves.
A DGS admite que há uma fadiga vacinal. No total, este inverno, já foram vacinados contra o coronavírus mais de um milhão e meio de utentes.
No caso da vacinação contra a gripe, o cenário é exatamente o oposto. Já mais de dois milhões de utentes foram vacinar-se. Em comparação com o ano passado, houve um aumento de 0,2%.
Vacinação da covid decresceu em todo o país
Na ULS de São João, o diretor Luís Renato Figueiredo explica que ao nível da gripe a cobertura nacional está mais elevada do que no ano passado.
“A população com mais de 85 anos, temos uma cobertura que ronda os 95% e na população com mais de 60 ano, uma cobertura que já chegou aos 70%”,
Uma tendência que não se vê em relação à covid-19 onde, nesta unidade hospitalar, os números caíram cerca de 7% em relação ao ano anterior.
“Em relação à covid, conseguimos manter os níveis da cobertura vacinal da população com mais de 85 anos, mais vulnerável, mas na população com mais de 60 anos, de forma geral, a cobertura vacinal decresceu em relação ao ano anterior cerca de 7%, acompanhando o fenómeno que se tem vindo a verificar a nível nacional”, diz Luís Renato Figueiredo, diretor da ULS São João.