É através da picada de um mosquito infetado aedes Albopictus ou Aedes aegypti que doenças como o dengue são transmitidas.
As duas espécies estão presentes em Portugal e no início do ano passado foi registado um aumento considerável de casos, principalmente no Algarve e na zona de Lisboa onde as condições climáticas são favoráveis.
O médico e invetsigador da da Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora/Sintra, Francisco Barcelos, defende uma tecnologia, que previne a transmissão de dengue, chamada Wolbachia.
“Não só está provocado que substitui os mosquitos capazes de transmitir o dengue como outras doenças - como a febre amarela -, mas faz ao mesmo tempo uma diminuição da população dos mosquitos desta espécie. É positivo em dois pontos: diminui a população, e a que fica deixa de ser tão eficiente para a transmissão do vírus", diz o médico e investigador.
Trata-se de uma bactéria que já existe em cerca de 50% dos insetos e que, quando introduzida nos mosquitos portadores de dengue, inibe a capacidade de transmitir o vírus. E, assim, gradualmente vai sendo criada uma nova população inofensiva para a saúde.
No ano passado, o investigador fez estudos sobre o uso de mosquitos com Wolbachia na ilha da Madeira e teve resultados positivos quanto à eficácia e viabilidade económica.
Os últimos dados indicam que Portugal registou 61 casos de dengue, todos eles importados.
A Austrália foi o primeiro país a adotar a tecnologia e conseguiu eliminar por completo os casos de dengue.
À população, as recomendações continuam a ser as mesmas: eliminar recipientes de águas paradas e usar replente.