O alarme soa às 21:50. Passados 17 minutos chegam os bombeiros para extinguir um incêndio e ajudar a retirar os pacientes em perigo. Enquanto isso, os profissionais do IPO lidam com diversas emergências médicas, desta vez foi tudo a fazer de conta, para garantir que todos estarão preparados num cenário de emergência real.
“É um cenário com várias vítimas, um profissional de saúde com uma queimadura, um doente bloqueado, uma paragem cardiorrespiratória, portanto, como estão a ver, uma multiplicidade de cenários”, diz Donzilia Brito, diretora clínica do IPO Porto.
Foi o 21º simulacro do IPO do Porto, desta vez em período noturno.
“É um simulacro um bocadinho diferente dos habituais do diurno porque é muito mais exigente, tem uma equipa muito mais reduzida a nível de enfermagem portanto torna ainda muito mais desafiante”, explica Donzilia Brito.
Todos os pacientes envolvidos são figurantes, simulam situações como uma paragem cardiorespiratória ou alterações comportamentais. No fim, a conclusão de que há pontos de melhoria.
“No período da noite os elementos da equipa são reduzidos e isso, numa situação de incêndio ou qualquer catástrofe, e isso notasse muito”, diz Isabel Henriques, enfermeira gestora de oncologia médica.
E uma questão hipotética: se o cenário fosse real, teria sido possível salvar todos?
“Todos os doentes não sei se teríamos conseguido, mas grande parte dos doentes, 90% dos doentes conseguimos”, diz Isabel Henriques.
Ficam apontamentos para o futuro, para garantir os 100% se um dia for mesmo necessário