A associação Young Parkies Portugal iniciou a atividade este ano e pretende informar e integrar doentes com parkinson juvenil ou precoce, promovendo uma cooperação entre os intervenientes, cuidadores, médicos e cientistas.
Maria Carmo Teixeira Bastos, co-fundadora da associação, foi diagnosticada com parkinson aos 44 anos, um ano depois de ter começado a sentir dificuldade em realizar simples tarefas como escrever ou lavar os dentes.
Carmo admite que não foi fácil aceitar e assimilar os desafios, que uma doença crónica impõe a pessoas em fase tão ativa da vida, mas hoje em dia tem várias estratégias para lidar com a doença.
A baixa suspeição – até mesmo por parte da comunidade médica, nomeadamente médicos de família – fez com que o diagnóstico tardasse. E este foi um dos motivos que levou Carmo e mais dois doentes a criar esta comunidade.
Na página da internet, a partir do dia 22 de fevereiro, haverá conversas mensais (Parkies Talks) sobre tudo o que envolve a vida de uma pessoa com esta doença.
O primeiro Webinar terá como intervenientes um médico, um investigador e um doente com parkinson. Serão moderadas por Susana Magalhães, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (I3S).
A doença de parkinson é uma doença degenerativa e sem cura do sistema nervoso central.
Estima-se que afete entre 18 e 20 mil portugueses, em que 10% dos casos são detetados antes dos 50 anos.
