Saúde e Bem-estar

Medicamento aumenta esperança de vida a doentes com cancro do cólon em estado avançado

Fármaco fez regredir alguns cancros no lado esquerdo do cólon em estado avançado e sem hipótese de cirurgia.

Medicamento aumenta esperança de vida a doentes com cancro do cólon em estado avançado

Um medicamento fez regredir alguns cancros do cólon em estado avançado e sem hipótese de cirurgia, segundo um estudo revelado no encontro anual American Society of Clinical Oncology (ASCO) em Chicago.

O medicamento Vectibix, da farmacêutica Amgen, foi responsável pela “sobrevivência mais longa alguma vez relatada” num grupo de doentes com cancro no lado esquerdo do cólon cujos tumores não tinham mutações no gene RAS, relataram os investigadores na ASCO 2022.

O anticorpo monoclonal da Amgen, conhecido quimicamente como panitumumab, pertence a uma classe de medicamentos chamados inibidores de EGFR. O tratamento padrão em muitos países, no entanto, é um anticorpo anti-VEGF como o Avastin da Roche, o que significa que muitos pacientes com cancro metastático inoperável podem não estar a receber o tratamento mais eficaz.

No estudo com mais de 800 pacientes com cancro do cólon metastático e o “tipo selvagem”, ou genes RAS naturais sem mutações, os participantes receberam quimioterapia padrão mais um dos medicamentos – Vectibix ou Avastin.

Cerca de cinco anos depois, os pacientes com tumores do lado direito não obtiveram uma vantagem de sobrevivência maior com um medicamento ou com o outro.

Mas entre os 604 pacientes com tumores do lado esquerdo, o risco de morte durante o estudo foi 18% menor para aqueles que receberam a droga da Amgen, disseram os investigadores.

Os doentes tratados com o medicamento Vectibix tiveram uma maior probabilidade de ver os seus tumores a encolherem o suficiente para serem elegíveis para cirurgia potencialmente curável, disse o responsável pelo estudo, Takayuki Yoshino, do National Cancer Center Hospital East em Kashiwa, Japão, numa entrevista, acrescentando que este medicamento “deve ser o novo padrão de tratamento”, disse citado pela agência Reuters.

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