Saúde e Bem-estar

Varíola dos macacos terá outro nome

Cientistas alertaram para questões discriminatórias e estigmatizantes associadas a este nome.

Varíola dos macacos terá outro nome

A Organização Mundial da Saúde está a trabalhar para alterar o nome da varíola dos macacos, depois de mais de 30 cientistas alertarem para a “necessidade urgente de um nome não discriminatório e não estigmatizante”, relata a BBC.

Na terça-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom anunciou que a organização está a trabalhar “com parceiros e peritos de todo o mundo na alteração do nome da varíola dos macacos, das suas classes e doenças que provoca”.

Conclui ainda que o anúncio será feito pela OMS o mais rapidamente possível.

Estas declarações surgem após um conjunto de cientistas avisarem que o nome do vírus remete para o continente africano, o que é “simultaneamente inexato e discriminatório”.

Em finais de maio, a Foreign Press Association of Africa pediu aos meios de comunicação social ocidentais que parassem de recorrer a imagens de pessoas negras para realçar os efeitos da doença nos Estados Unidos da América e no Reino Unido.

Não é a primeira vez que a OMS decide alterar o nome de um vírus, devido a questões discriminatórias.

O mesmo aconteceu com a SAR-CoV-2, depois de várias pessoas se terem referido a ele como vírus da China ou de Wuhan na ausência de uma designação oficial, relembra a Bloomberg.

A verdadeira fonte animal da varíola dos macacos, que foi encontrada numa grande variedade de mamíferos, ainda permanece desconhecida.

OMS AVALIA SE SURTO REPRESENTA EMERGÊNCIA DE PREOCUPAÇÃO INTERNACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

A OMS terá uma reunião de emergência na próxima semana para determinar se deve classificar o surto como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, considerado o maior alerta emitido pela organização.

Em todo o mundo foram registados cerca de 1.600 casos de varíola dos macacos nas últimas semanas. Embora tenham sido reportadas 72 mortes em países onde a doença era endémica, nenhuma foi observada nos 32 países recentemente infetados, como é o caso de Portugal.

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