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Fazer uma higiene oral adequada pode diminuir o risco de cancro

15 em cada 100 mil portugueses tem cancro oral, o sexto mais comum no mundo

A Ordem dos Médicos e o Grupo de Estudos do Cancro da Cabeça e do Pescoço demonstram 15 em cada 100 mil portugueses tem cancro oral, e que e dois em cada três casos são detetados em fase avançada, piorando o prognóstico.

Quando detetado atempadamente, o cancro oral tem uma taxa de cura que varia entre 80 e 90%.

O álcool e o tabaco surgem como os principais fatores de risco, aumentando em oito vezes a probabilidade de desenvolver cancro oral, mas questões como a alimentação ou lesões na boca também podem ter influência no aparecimento. Estima-se que oito em 10 doentes com diagnóstico de cancro oral consumam ou tenham consumido tabaco.

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Estima-se que cerca de 20% dos tumores humanos estejam ligados a bactérias. A presença de bactérias orais em doentes com cancro também é maior nos tumores do que nos tecidos normais.

Esta ligação explica-se com a presença de uma bactéria oral em vários tumores, revela a The Scientist. Vários estudos concluíram. também, que a periodontite é um fator de risco nestes cancros. Quando entra na corrente sanguínea, a fusobacterium nucleatum pode também influenciar o surgimento de tumores noutras partes do corpo.

Das cerca de 700 bactérias que vivem nas nossas bocas, a fusobacterium nucleatum é a principal suspeita, mas faltam mais estudos para se ter provas concretas da sua relação com um maior risco de cancro.

À semelhança do que se observa com outros tumores malignos, a prevenção do cancro oral passa, primeiro, pela adoção de um estilo de vida saudável, sem tabaco, com diminuição do consumo de álcool e uma alimentação rica em vegetais e frutas.

O hábito da consulta ao médico dentista (duas vezes por ano) é essencial para a prevenção do cancro oral (e das restantes doenças da boca), permitindo o diagnóstico precoce das lesões malignas.

Vigie a saúde da sua boca porque o cancro oral não faz quarentena, recomendam os médicos dentistas.

Consulte a versão eletrónica do livro Intervenção Precoce no Cancro Oral (PDF, 6MB) que a Ordem dos Médicos Dentistas realizou em colaboração com a Direção-Geral da Saúde.

O que é o Cancro Oral?

Segundo a Classificação Internacional de Doenças, o cancro oral define-se como o conjunto de tumores malignos que afetam qualquer localização da cavidade oral, dos lábios à garganta, (incluindo as amígdalas e a faringe).

A sua localização mais comum é no pavimento da boca (mucosa abaixo da língua), bordo lateral da língua e no palato mole.

Mais de 90% destes cancros são designados por carcinomas afetando o epitélio da mucosa oral.

O cancro oral é mais frequente nos homens com mais de 45 anos, aumentando consideravelmente até aos 65 anos.

Os sintomas mais frequentes dos carcinomas da cavidade oral são manchas geralmente brancas ou avermelhadas ou úlceras que não cicatrizam. Inicialmente, a maioria destas lesões é indolor.

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