Cancro. "É urgente uma ação conjunta a nível europeu"
Esta reunião traz a Portugal diversos especialistas em cancro e saúde pública, assim como representantes da Comissão Europeia e do Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde da Organização Mundial de Saúde, para debater qual a melhor forma para envolver os cidadãos e organizações do setor público, privado e social em processos de elaboração de políticas de saúde e de investigação em cancro.
O que é o projeto ECHoS?
O projeto Establishing of Cancer Mission Hubs: Networks and Synergies (ECHoS) tem como objetivo criar uma rede europeia de National Cancer Mission Hubs (NCMHs) que por sua vez irão envolver as suas comunidades nacionais, em diálogos e ações colaborativas em torno de políticas de saúde e de investigação na área do cancro.
Melhorar a qualidade de vida de mais de 3 milhões de cidadãos até 2030 é o objetivo aspiracional da Missão Cancro, uma iniciativa enquadrada no Horizonte Europa, o Programa Quadro de Investigação e Inovação da Comissão Europeia. Tendo como objetivo dar apoio à implementação da Missão Cancro, este objetivo é, também, a principal motivação do projeto ECHoS, Establishing of Cancer Mission Hubs: Networks and Synergies, coordenado pela AICIB, a Agência Portuguesa de Investigação Clínica e Inovação Biomédica.
O projeto ECHoS é apoiado pela Missão Cancro em mais de 6 Milhões de euros, e reúne a experiência e o conhecimento especializado de 58 organizações de 28 países europeus, entre elas organizações governamentais, de saúde, de investigação e de inovação, académicas e organizações publicas ou privadas sem fins lucrativos. Este consórcio irá proporcionar aos Estados Membros e Países Associados (EM/PA) a capacidade de criar gradualmente NCMHs, plataformas que reúnem várias entidades e cidadãos, com interesse em desenvolver ações na área do cancro.
2,7
milhões de pessoas na UE são diagnosticadas com cancro e 1,3 milhões que morrem devido a esta doença, anualmente
“A luta contra o cancro não pode continuar a ser um esforço isolado. Atualmente, as iniciativas de investigação, de inovação e de cuidados de saúde são desenvolvidas dentro de comunidades específicas e o envolvimento dos cidadãos é ainda residual”, diz Anabela Isidro, membro da direção da AICIB.
“Para além da estratégia Europeia de Luta contra o Cancro e da Missão Cancro foi ainda defendido, na conclusão da Conference on the Future of Europe, uma cooperação pan-europeia para implementar uma abordagem Health in All Policies, em conjunto com uma agenda informada, centrada nas necessidades dos cidadãos e orientada para a investigação. O cancro ocupa um lugar central na agenda política das Instituições Europeias, o momento de agir é agora”. concluiu.
Recentemente, a COVID-19 expôs as fragilidades dos sistemas de saúde, suspendendo a investigação, interrompendo os ensaios clínicos e obrigando a uma alocação dos recursos limitados disponíveis, para fazer face a este desafio. No entanto, também evidenciou a capacidade dos países em criarem sinergias funcionais na saúde, na agenda política e na investigação. O cancro é um desafio global que afeta qualquer pessoa, independentemente da idade, do género, ou da sua posição social e representa, por isso, um enorme peso para os doentes e suas famílias assim como amigos e sociedade no geral.
De acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre o Cancro (ECIS), a incidência de cancro na Europa deve aumentar em 20,96%, e a mortalidade em 31,76%, até 2040. Isto significa que, se não houver uma ação célere e coordenada, cerca de 3,24 milhões de pessoas serão diagnosticadas e cerca de 1,66 milhões poderão morrer na Europa nos próximos anos. Em Portugal a tendência mantém-se, estando previstos mais de 68 mil casos e de mais de 38 mil mortes em 2040. É por isso urgente uma ação conjunta a nível europeu.
Debate - Tenho Cancro. E depois?
O Tenho Cancro. E depois estará presente no evento com a realização de um debate que terá transmissão dia 5 de maio, às 10h.
O debate tem como objetivo dar a conhecer a Missão Cancro e o projeto ECHoS e apurar de que forma ambos podem contribuir para o desenvolvimento da oncologia nacional, envolvendo a sociedade civil.
Quem são os oradores?
- Maria Rita Dionísio, diretora médica da Novartis Portugal
- Vitor Neves, presidente Europacolon Portugal
- Jorge Lima, ASPIC- Associação Portuguesa de Investigação em Cancro
- Isabel Fernandes, Plano Nacional das Doenças Oncológicas
- Anabela Isidro, coordenadora do projeto ECHoS
Onde posso assistir?
No facebook da SIC Notícias. Basta clicar AQUI.
03 maio 2023
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