Cancro de pele. Evite a exposição solar das 11h30 às 16h30

O cancro de pele continua a aumentar em Portugal, apesar das campanhas de prevenção e do maior esclarecimento da população sobre os riscos a evitar. Dados recentes indicam que dois dos cancros mais frequentes, o basiloma (ou carcinoma basocelular) e o carcinoma espinocelular estão a aumentar 5 a 6% anualmente. Também a incidência do melanoma (cerca de 7% ao ano), o tipo de cancro de pele mais perigoso, tem aumentado de forma significativa nas últimas quatro décadas.
O melanoma é o cancro de pele menos frequente, mas é o que pode causar maior taxa de mortalidade (75% das mortes de cancro de pele). Todos os anos são diagnosticados 1.500 novos casos de melanoma, em Portugal.
A população deve ter em atenção sinais que vão mudando de aspeto, de cor ou de tamanho, que alteram o contorno ou que passam a dar desconforto ou comichão.

Para realizar o autoexame de modo correto, deve lembrar-se de examinar todo o corpo, dos pés à cabeça, não se esquecendo de verificar todas as zonas da pele, incluindo as costas, couro cabeludo, entre as nádegas e a zona genital
Ana Azevedo
Segundo explica a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o sol é fonte de vida e de energia e tem efeitos benéficos sobre a saúde. Mas, se pequenas quantidades de radiação ultravioleta são benéficas e essenciais na produção da vitamina D3, a exposição excessiva à radiação solar poderá ter efeitos graves sobre a saúde. Os danos cumulativos causados pela radiação UV podem levar ao envelhecimento precoce da pele, bem como ao cancro de pele.
O risco de melanoma aumenta se:
- Houver antecedentes de melanoma pessoal ou familiar;
- Houver antecedentes de queimaduras solares graves na infância;
- Possui fototipo claro (pele que queima facilmente ao sol, olhos e cabelos claros);
- Tem vários sinais (mais de 100) de forma, tamanho e cor muito variados;
- Realiza exposições intensas e de curta duração aos raios UVA.
Saiba o que fazer para prevenir:
- Horas “seguras” são aquelas em que a nossa sombra é maior do que nós próprios (“regra da sombra”);
- É totalmente desaconselhada a exposição solar de bebés com menos de 6 meses e evitar a exposição direta de crianças com menos de 2 anos de idade;
- Use chapéu de abas largas, óculos escuros, e utilize a roupa como “protetor”. Assim, devem privilegiar-se tecidos densos, pouco porosos, porém leves e de cores escuras. A t-shirt (manga curta) e os calções são roupas utilizadas no tempo quente, mas não protegem os braços, nem as pernas;
- Aplique protetor solar, de longo espetro (filtram os UVA e os UVB), com fator de proteção de, pelo menos, 30 (privilegiar as fórmulas em creme em detrimento dos sprays). O protetor deve ser reaplicado, de duas em duas horas, ou após o banho. É importante notar que a proteção que os protetores oferecem é limitada e por isso, estes, devem ser pensados como medida de proteção extra e não como medida de proteção principal;
- Informe-se sobre a radiação UV, através de fontes oficiais. Lembre-se que os danos na pele ocorrem quando o índice de radiação UV é moderado (nível 3) ou superior. Um dia de temperatura amena pode esconder um IUV elevado;
- Não frequente solários: aumentam o risco de cancro, causam envelhecimento prematuro da pele e prejudicam os olhos. A ideia de que o bronzeamento obtido no solário é uma base protetora para um bronzeamento adicional ao sol é um mito.
Assista ao seguinte vídeo e perceba o que é o cancro de pele e quais as recomendações do dermatologista e presidente da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo – João Maia Silva – para prevenir este problema de saúde:
Veja, AQUI, o roteiro do roadshow “Verão com Prevenção”, uma iniciativa de sensibilização para a promoção da exposição solar segura e prevenção de cancro da pele, e que, em 2023 se realiza em Portugal Continental.
25 agosto 2023
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