"Este cromossoma - o elemento portador da informação genética - foi produzido a partir de quatro frascos de substâncias químicas e um sintetizador, e tudo começou com informações informáticas", afirmou.
Para o investigador, a descoberta é um "passo importante científica e filosoficamente".
"Mudou o meu ponto de vista da definição de vida e do seu funcionamento", acrescentou o investigador, cujo trabalho é publicado hoje na revista Science.
Esta descoberta pode também ser importante para desenhar algas, que podem capturar o dióxido de carbono e produzir outros tipos de hidrocarbonos, que podem ser utilizados em refinarias.
Poderá ainda permitir a criação de novas substâncias ou ingredientes alimentares, produção de vacinas e até bactérias para limpar a água.
"É uma ferramenta muito poderosa para projetar o que queremos que exista em Biologia", resumiu.
Em 2008, Vender e a sua equipa anunciaram que tinham conseguido um genoma bacteriano cem por cento sintético.
Para criar esta célula, foi feita uma cópia do genoma existente, o de uma bactéria (Mycoplasma mycoides), mas com sequências de ADN adicional.
Posteriormente, transplantaram o genoma sintético da bactéria para outra, denominado capricolum microplasma, conseguindo "ativar" as células deste último.
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Lusa