Vida

Marcha contra o cancro da mama que todos os anos mata 1500 mulheres em Portugal

Quase todos conhecem de perto alguém com uma história de cancro da mama. Muitos contam-na na primeira pessoa, outros falam de familiares e amigos. Hoje estiveram juntos em Lisboa numa caminhada contra a doença.

Centenas de pessoas de todas as idades fizeram "questão" de hoje mostrar solidariedade para com uma doença que mata anualmente 1500 mulheres em Portugal e atinge muitos milhares.



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Deolinda Rebocho, 51 anos, esteve presente em "homenagem à cunhada" , Ana Maria Marques, 53 anos, não falta a estas iniciativas desde que teve uma "ameaça de cancro" . Sandra Rodrigues, 33 anos, estava na marcha por todas as mulheres e também pela colega de trabalho, "que felizmente já está boa" .



O dinheiro da inscrição da iniciativa reverte integralmente para a aquisição de mamógrafos e desta forma os "marchantes" acreditam que poderão estar a salvar vidas, como aconteceu a Deolinda Gaspar, 60 anos, a quem foi "detetado um nódulo num exame de rotina" .



"Felizmente, fiz radioterapia durante um mês e fiquei bem" , contou à Lusa Guilhermina, que não se importou de suspender a marcha por uns minutos para deixar um aviso a todas as mulheres: "façam o rastreio todos os anos".



Recolha de fundos



A caminhada, que se realiza anualmente desde 2004, já conseguiu reunir 2,1 milhões de euros e permitiu comprar cinco mamógrafos digitais que foram entregues a instituições públicas de saúde: IPO de Lisboa, Hospital da Universidade de Coimbra, IPO do Porto, Hospital de Ponta Delgada e Hospital Central do Funchal.



A caminhada de hoje teve um percurso de cinco quilómetros, que terminou com uma regata "também solidária com essa luta contra o cancro da mama" , disse à Agência Lusa Vladimiro Martins, presidente da Avon Cosméticos, empresa que promove a iniciativa.



Entrega do sexto mamógrafo



No final do dia de hoje será entregue o sexto mamógrafo, ao Hospital do Barlavento Algarvio.



Maximino Soares, 53 anos, trabalha na Avon e participou com a família. "Tenho amigas a quem já lhes foram detetados nódulos e na empresa temos colegas a quem já foi retirado o peito e eu sinto que se sentem confortadas por terem todas estas pessoas solidárias e a participar nestas iniciativas" , disse.



(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.)



Com Lusa