Vida

Revista Time elege egípcio Wael Ghonim como a pessoa mais influente do ano

Wael Ghonim, o ativista e "bloguer" que ficou ligado ao levantamento no Egipto que derrubou o presidente Hosni Mubarak, foi eleito pela revista "Time" como a pessoa mais influente do mundo. O perfil de Wael, que sairá na revista desta sexta-feira, foi escrito pelo Nobel da Paz e candidato à presidência do Egipto, Mohamed el Baradei.

No texto, o Nobel destaca a importância das ações do ativista egípcio, que insistiu junto dos jovens para que exercessem seu direito à desobediência civil e que aderissem às manifestações contrárias ao governo.



Pese que o eleito seja o responsável de marketing do Google para o Oriente Médio e o Norte da África, foi pela sua atuação política em redes sociais como o facebook que mereceu o reconhecimento.



"A resposta (dada pelos jovens) foi milagrosa: um movimento iniciado por alguns milhares de pessoas no dia 25 de janeiro terminou com 12 milhões e a eliminar Hosni Mubarak e todo seu regime", escreve el Baradei no texto que homenageia Wael.



Durante os levantamentos no Egito, o ativista, que se formou em engenharia de computação, chegou a ser preso por 11 dias, no fim dos quais continuou a colocar mensagens a favor da liberdade via twitter.



Além do título de "pessoa do ano", a "Time" também divulga uma lista com as 100 pessoas mais influentes, relação que abrange desde personalidades do mundo político até ícones das artes e do desporto.



Do mundo da internet mereceu destaque ainda o próprio fundador do facebook, Mark Zuckerberg, eleito "pessoa do ano" em 2010, e o criador do site wikileaks, Julian Assange.



A presidente brasileira Dilma Rousseff foi outra a entrar para o seleto grupo, ao lado da chanceler alemã Angela Merkel e do presidente francês Nicolas Sarcozy.



Lusa