"Parece que a Voyager saiu da zona da fronteira do sistema solar, segundo as medições do espectro de hidrogénio e hélio, características que se devem reunir no espaço interestelar", explica, num comunicado, Bill Webber, professor aposentado de astronomia da Universidade do Novo México.
"Em apenas alguns dias, a intensidade da radiação da heliosfera – zona do fim do sistema solar – diminuiu e a intensidade dos raios cósmicos aumentou quando saiu da heliosfera", precisou.
Este estudo foi aceite para publicação na Geophysical Research Letters, da União Geofísica Americana. Contudo, o professor Webber sublinha que os cientistas continuam a debater sobre se "Voyager 1" atingiu o espaço exterior ou se se encontra numa outra região por tempo indeterminado localizada fora do sistema solar. "Diria que "Voyager 1" está agora fora da heliosfera numa área nova e que todos os dados que recebemos são diferentes e emocionantes", acrescenta.
Esta pesquisa foi apoiada pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
Os cientistas estimam que "Voyager 1" poderá continuar a recolher e a transmitir dados até 2020, ou 2025.