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Trabalhadores das empresas de distribuição revoltados com contrato coletivo de trabalho

São mais de 140 mil os profissionais que exigem um aumento salarial de pelo menos 15%. O sindicato organizou esta quinta-feira uma ação de protesto em Viseu.

Funcionários do centro de distribuição da Sonae, na Azambuja, trabalham de forma contínua no processamento de encomendas para distribuir pelas lojas da empresa em pleno estado de emergência no país devido à pandemia da Covid-19.
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O sindicato que representa os trabalhadores das empresas de distribuição denunciou esta quinta-feira, em Viseu, a falta de uma revisão do contrato coletivo de trabalho que abrange em todo o país mais de 140 mil trabalhadores.

O local escolhido para dar corpo à luta do sindicato dos trabalhadores do comércio escritórios e serviços foi um dos centros comerciais de Viseu e a razão é simples.

"Existem 27 lojas dentro deste centro comercial que estão pelo contrato coletivo de trabalho da APED. O sindicato abrange em todo o país 122 mil trabalhadores neste setor e estamos a falar de mais de 1000 trabalhadores aqui no Palácio de Gelo", esclareceu José Geraldes do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) .

Desde 2016, diz o sindicato, que a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), responsável por contratar mais de 140 mil trabalhadores para dezenas de lojas em Todo o país, não aceita rever o contrato coletivo de trabalho.

"Eles querem impor o banco de horas, querem reduzir o trabalho suplementar e depois há aquilo que é essencial para quem trabalha, que é o aumento do salário. Não é nada de mais estarmos a pedir 15% de aumento no mínimo e 150€ de aumento para todos os trabalhadores porque é aquilo que devia ser mesmo", acrescentou.

Para a APED, o Regime de Banco de Horas não é uma imposição, trata-se de um mecanismo de flexibilidade para trabalhadores e empresas e que integra o acordo com um outro sindicato. Em abril, vão voltar à mesa das negociações com este sindicato.