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Análise

Novo Governo: IL "disponível para ser parte da solução" mas há condições

Na Edição Especial da SIC Notícias desta quinta-feira estiveram três membros partidários a analisar o futuro elenco governativo. Miguel Morgado, do PSD, Carlos Guimarães Pinto, deputado da Iniciativa Liberal e António Pinto Pereira, deputado do Chega.

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Depois de ser indigitado como novo primeiro-ministro, Luís Montenegro, à saída do Palácio de Belém, após uma curta audiência de cerca de 20 minutos com Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que apresentará a composição do futuro Governo no dia 28 de março.

Na Edição Especial da SIC Notícias desta quinta-feira estiveram três membros partidários a analisar o futuro elenco governativo. Miguel Morgado, do PSD, Carlos Guimarães Pinto, deputado da Iniciativa Liberal (IL) e António Pinto Pereira, deputado do Chega.

“Terá de ser um Governo de grande agilidade política”

Para Miguel Morgado, Montenegro terá de formar um Governo com uma grande agilidade política, com pessoas com grande experiência política.

“O PSD terá de fazer um Governo com grande agilidade política. Terá de ter um pendor menos tecnocrático, com pessoas com grande experiência política, pessoas que conheçam os meandros da sociedade portuguesa”, afirmou.

Em relação aos nomes que têm sido apontados como possíveis membros do Governo, o social-democrata diz que algumas das hipóteses serão pouco prováveis, dando o exemplo de Miguel Poiares Maduro, ministro do Governo de Passos Coelho.

"Quantos aos nomes que foram elencados, parece-me que são implausíveis", acrescentou.

“IL poderá ser solução, mas há condições”

Com 80 deputados na Assembleia da República e sem maioria absoluta, o PSD poderá ter de fazer entendimentos à direita. A IL, que foi a votos sozinha, assume-se como solução, caso as suas soluções sejam aceites.

" A IL sempre foi bastante clara naquilo que iria fazer. A primeira clareza foi ir a eleições sozinhos, porque temos ideias diferentes do PSD. Era importante testar essa ideias eleitoralmente, para sabermos o seu peso. Mal o bem, foram testadas", referiu.

"Se o PSD estiver disponível passa aceitar algumas das condições que foram colocadas, nós estaremos disponíveis para ser solução, desde que algumas das nossas soluções sejam também aceites", rematou.

“Tivemos oito anos de horrível governação”

Com 50 deputados eleitos, o Chega surge neste momento numa situação confortável, segundo António Pinto Pereira, ao contrário do PSD, que está numa posição de desequilíbrio perante o PS. O deputado eleito pelo partido liderado por André Ventura mostra-se satisfeito por os socialistas "terem saído de cena".

"O esforço que André Ventura que fez tem sido apenas pelo facto do Chega ter tido uma expressão muito elevada do ponto vista eleitoral, e o PSD estar numa posição de desequilíbrio em relação ao PS. Nós queríamos que PS saísse de cena. Tivemos oito anos de horrível governação, o país bateu completamente no fundo", considerou.

Entendimentos partidários

Sobre a possibilidade de entendimentos, o PCP anunciou que vai apresentar uma moção de rejeição ao Governo da AD.

Ainda o BE se pronunciou, esclarecendo que se recusa a viabilizar um orçamento retificativo. Também o Livre reagiu na mesma linha ideológica.

O PAN também admitiu acordos com a AD, mas tem exigências.