De todos os migrantes que morrem a cada ano, um em cada três morre enquanto está em fuga. As Nações Unidas, que divulgaram estes dados, dizem ainda que mais de 75% dos migrantes mortos anualmente, nunca chegam a ser identificados.
São os números mais trágicos das piores estatísticas da Organização Internacional para as Migrações. 2023 foi o ano pior de que há registo, com mais de 8.500 vítimas mortais. Dois em cada três dos que perderam a vida, morreram enquanto fugiam. A maioria, por afogamento no Mediterrâneo, a caminho da Europa.
A Organização das Nações Unidas diz que este ano prepara-se para ser ainda pior, porque nos primeiros meses os números já estão mais altos do que no ano passado.
Por outro lado, e como se a tragédia da morte não fosse suficiente, mais de 75% dos mortos nunca chegam a ser identificados, deixando as famílias e amigos na angustia de não saberem o que aconteceu nem poderem fazer um funeral.
Na última década, segundo as Nações Unidas, mais de 63 mil migrantes morreram enquanto tentavam chegar a uma vida melhor, num país mais rico.