Volodymir Zelensky admite que a Ucrânia irá perder a guerra se não receber o apoio dos Estados Unidos. Numa entrevista à CBS, parceira da SIC, o líder ucraniano diz acreditar que a Rússia vai avançar com uma contra-ofensiva antes do verão.
A vantagem numérica da Rússia está a aumentar no campo de batalha. É o próprio comandante em chefe da forças da Ucrânia a admitir a desproporção.
A superioridade russa é de seis munições para uma e alguns soldados ucranianos da linha frente já combatem sem projéteis, alerta Oleksandre Syrsky.
No Congresso dos EUA, a aprovação do pacote de ajuda militar de 60 mil milhões de euros, congelado desde novembro, não tem desfecho à vista.
O Presidente Zelensky reconhece que a Ucrânia não irá segurar a linha da frente por muito mais tempo sem ajuda militar.
"Quase não nos resta artilharia", admite.
Nas últimas horas a Rússia lançou um ataque massivo e coordenado, com mísseis e drones a instalações térmicas e hidroelétricas, no centro e oeste da Ucrânia.
Kiev e os aliados preveem que Moscovo aproveite a debilidade das defesas aéreas para levar a cabo ataques de aviação em larga escala que podem ter um efeito devastador nas cidades ucranianas.
Moldávia e Roménia ligam alerta
A intensificação dos ataques da Rússia pode ter outras consequências imprevisíveis. Nas últimas horas, mísseis russos atingiram uma região ucraniana muito perto da Moldávia.
A Roménia, membro da NATO, denunciou a descoberta de fragmentos de drone no seu território.