A Rússia confirmou esta segunda-feira que as quatro pessoas detidas durante o fim de semana no Daguestão têm ligações ao atentado de Moscovo e continua a insistir que existe colaboração com a Ucrânia.
Os homens foram detidos este domingo no Daguestão, uma República russa de maioria muçulmana, na região do Cáucaso. São acusados de estarem a preparar um novo ataque terrorista e teriam em casa um engenho explosivo e várias armas automáticas.
Segundo a agência noticiosa Tass, não têm nacionalidade russa e terão já confessado a participação no atentado de 22 de março em Moscovo.
O Kremlin continua a acusar a Ucrânia, o Reino Unido e os Estados Unidos de estarem por trás do ataque que matou mais de 140 pessoas, apesar do ramo afegão do Daesh o ter reivindicado várias vezes.
Nos últimos dias, a força aérea russa tem bombardeado incessantemente centrais elétricas e outras infraestruturas vitais da Ucrânia, sobretudo na região de Kharkiv. Na cidade, que tem atualmente 1 milhão e trezentos mil habitantes, os cortes de eletricidade são diários.
Apesar dos constantes ataques russos, a empresa que gere a rede eléctrica ucraniana garante que o sistema está longe do colapso. Mas na linha da frente, os militares estão menos optimistas e queixam-se de falta de munições.
Em Kiev, teme-se uma nova ofensiva russa. Os serviços de informação do Reino Unido já avisaram que Moscovo estará a recrutar milhares de combatentes e que se prepara para avançar em força sobre a Ucrânia nas próximas semanas.