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Análise

Fundo multimilionário da NATO para a Ucrânia é "possível", mas depende da "vontade política" dos países membros

No dia em que se celebra 75 anos da NATO, Germano Almeida fala sobre o apoio à Ucrânia que continua a ser uma marca forte da aliança militar intergovernamental.

Sede da NATO, Bruxelas
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A NATO assinala esta quarta-feira 75 anos, o Tratado do Atlântico Norte foi assinado a 4 de abril de 1949, e Portugal foi um dos países fundadores, 75 anos depois o grupo cresceu e tem agora 32 países.

O apoio à Ucrânia continua a ser uma marca forte da aliança e neste aniversário há também a intenção de criar um fundo de apoio de 100 mil milhões a cinco anos, no entanto nem todos os membros estão de acordo que esta é uma promessa viável, sendo que por exemplo a Bélgica já levantou algumas reservas.

Na opinião de Germano Almeida, comentador SIC, não se trata de ser uma questão de ser viável ou não, mas sim de “uma questão de vontade política”.

"Obviamente que é possível chegar a um fundo de 100 mil milhões em cinco anos quando estamos a falar dos 32 membros da NATO", garantiu.

Para o comentador, neste momento o grande desafio para a cimeira de Washington em julho "é conciliar a ameaça Russa à Ucrânia, que interessa mais à Europa, com a questão da ascensão da China, nomeadamente no Indo-Pacífico, que é mais a prioridade estratégica americana".

Na SIC Notícias, o comentador SIC falou ainda sobre o conflito no Médio Oriente.

A ONU suspendeu as operações noturnas em Gaza durante 48 horas, no entanto para Germano Almeida não há propriamente uma forma de responsabilizar Israel porque "daqui a dois dias completa-se meio ano desta guerra e é incrível como Israel se continua a isolar internacionalmente".

A contestação interna ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está cada vez mais forte e segundo o comentador a possibilidade de eleições antecipadas começou a "ser pensável" com as declarações de Benny Gantz.

"Perante a situação interna de Netanyahu, com manifestações quase todos os dias e cada vez mais numerosas de cidadãos e setores da sociedade israelita a dizer que ele tem de sair porque não é a solução isso mostra que poderá a ver essa hipótese", no entanto Germano Almeida relembrou que para que haja eleições em Israel Netanyahu teria de perder a maioria no knesset.