A aldeia de S. Luís, em Odemira, está revoltada com a conduta da GNR. Em mês e meio, pelo menos quatro pessoas terão sido agredidas e ameaçadas de forma violenta, tendo sido já formalizadas duas queixas contra os militares do posto.
As imagens são resultado dos alegados espancamentos que, de acordo com as vítimas, aconteceram no interior do posto da GNR. É o caso de Elton, 42 anos, cuja agressão teve lugar na passada quarta-feira.
Luís, outro dos alegados agredidos, relata um episódio semelhante. Conta que estava na rua a passear os cães quando foi interpelado, sem motivo aparente por quatro agentes.
Os lesados garantem não ter iniciado qualquer desacato que justificasse tal violência. O italiano Alexandre, por exemplo, diz que estava no café quando foi injustamente acusado de roubo.
Francisco, de 21 anos, foi dos poucos a apresentar queixa e é mais um dos habitantes que diz não compreender a atuação das autoridades.
Chegada de novo contingente terá aumentado episódios
O clima de insegurança instalou-se com a chegada do novo contingente da guarda, em agosto, mas os episódios intensificaram-se há cerca de um mês e meio.
A população diz-se preocupada e a junta de freguesia chega mesmo a pedir que seja feita uma investigação.
O posto de S. Luís serve um total de cinco freguesias, entre elas a aldeia de Colos.
O sargento responsável não esteve disponível para prestar declarações e a GNR também ainda não emitiu qualquer esclarecimento sobre a situação.