No dia em que se assinalam seis meses do massacre do Hamas em território israelita a 7 de outubro, as forças de Israel estão a sair da Faixa de Gaza. Estará Israel a dar como terminada a operação militar ou a mudar de estratégia?
O correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman, relata que a divisão 98 e a 7.ª brigada de tanques de Israel se retiraram este domingo da Faixa de Gaza numa possível mudança estratégica.
“O novo sistema de Israel parece que vai ser incursões ou rusgas momentâneas para tentar atacar o braço armado do Hamas”, explica.
A esta altura há apenas uma brigada israelita que se mantém na Faixa de Gaza, ainda que não se saiba por quanto tempo mais. O papel dessa brigada é de dividir Gaza em dois, impedindo a passagem do Hamas do Sul para o Norte.
Henrique Cymerman acrescenta ainda que, apenas quatro horas depois da retirada parcial israelita, o Hamas lançou cinco rockets sobre a zona fronteiriça no sul de Gaza.
Entretanto, citado pela Reuters, o ministro da Defesa de Israel esclareceu que esta retirada serve para “preparar futuras operações”, incluindo em Rafah.
Seis meses do capítulo mais violento de décadas de guerra e conflito
A 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel.
Foram lançados milhares de rockets contra o território israelita e militantes islâmicos furaram barreiras e entraram em comunidades perto da Faixa de Gaza, matando residentes e fazendo cerca de 253 reféns.
Mais de 1.200 pessoas morreram e Israel declarou estado de guerra e respondeu com uma campanha militar na qual já foram mortos mais de 33 mil palestinos.
Este domingo, completam-se seis meses do inicio dos combates entre Israel e o Hamas, o capítulo mais recente e sangrento de décadas de guerra e conflito entre israelitas e palestinianos no Médio Oriente.