As buscas para encontrar os dois desaparecidos no naufrágio de um barco no domingo perto de Tróia, Grândola, foram retomadas logo pela manhã desta terça-feira, no entanto, o capitão do Porto de Setúbal, Marco Serrano Augusto, avançou, pelas 17h30 que não foi encontrado nenhum corpo, nem objeto.
"Alargámos mais as buscas, fomos até à zona da Comporta. Na zona do Carvalhal tivemos alguns avistamentos, mas era um tronco. Não se relacionava com o acidente", disse o capitão Marco Serrano Augusto.
O capitão do Porto de Setúbal referiu ainda que "é difícil que algum objeto ou corpo se tenha deslocado desta área sem que tenha sido avistado", existindo, por isso, a possibilidade de um corpo ou um objeto estar preso numa rede, ou a meia água.
"Existem, agora, fortes possibilidades de os objetos e os corpos não andarem à superfície e torna-se ainda mais imprevisível a sua dinâmica", acrescentou.
Planos para amanhã
Para esta quarta-feira, o capitão revelou que o objetivo é manter um plano de meios idêntico, com "um navio da República Portuguesa mais por fora, uma lancha mais perto da costa, os drones, e por terra os meios da polícia marítima".
Vão avançar mais para sul, até à zona do Pinheiro da Cruz e, em termos de longitude, até à zona de Sesimbra. Por isso, os meios vão estar "muito mais dispersos em períodos diferentes e com algumas dinâmicas diferentes".
As famílias continuam a receber acompanhamento psicológico, destacou o capitão do Porto de Setúbal, referindo ainda que o proprietário do barco foi notificado e tem 10 dias a contar de domingo para apresentar um plano de remoção.