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Projeto da dessalinizadora do Algarve está a gerar polémica

Várias associações de defesa do ambiente querem travar a dessalinizadora do Algarve. Dizem que antes de usar a água do mar para consumo humano, deve-se gerir melhor a água da rede.

Praia da Falésia no Algarve
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A Plataforma Água Sustentável (PAS) está a estudar a possibilidade de pedir a impugnação da declaração de impacte ambiental que dá luz verde ao avanço da dessalinizadora no Algarve.

A PAS, que engloba cerca de uma dezena e meia de associações, fala em lacunas no documento emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e diz que isso faz prever que os impactos da obra possam ser mais gravosos.

Não são contra as dessalinizadoras, dizem apenas que, para já, ninguém os convence que o Algarve precise de uma. Os membros desta plataforma dizem que a APA aprovou a declaração de impacto ambiental atirando para o futuro respostas que precisavam ser respondidas já.

Desconfiam, por isso, que os impactos da obra prevista para a zona da falésia, em Albufeira, podem ser muito mais gravosos do que o que o documento identifica.

Prevê-se que o custo base da dessalinizadora ronde os 90 milhões de euros. A tubagem será colocada a 10 metros de profundidade, passará pela base da arriba e a descarga da salmoura vai ser feita a quase dois quilómetros ao largo da praia da Falésia, em Albufeira.

A dessalinizadora vai servir para captar água do mar e convertê-la em água potável. Na fase inicial deverá produzir por ano cerca de 16 milhões de litros cúbicos de água, mais ou menos o equivalente ao que se perde nas ruturas da rede pública em todos os municípios do Algarve.