O Irão lançou centenas de mísseis contra Israel durante a noite de sábado, em resposta ao ataque contra o consulado iraniano em Damasco. O comentador da SIC, Ricardo Alexandre, diz que este ataque devolveu o apoio internacional a Israel e que isto “vai certamente refletir-se na forma como Israel vai atuar em Gaza”.
Apesar de o gabinete de guerra de Israel ter concordado em não avançar, para já, com uma retaliação é expectável que Benjamin Netanyahu tenha alguma carta na manga.
“É expectável que a resposta vá acontecer, seja quando for, Israel fala no momento adequado.”
O jornalista da TSF acrescenta que neste momento Israel tem “um apoio Internacional e um amparo internacional como não acontecia desde o pós 7 de outubro”, depois do Governo de Netanyahu ter gerido toda a entrada e investida na operação em Gaza.
“O sucesso da capacidade defensiva de Israel em derrubar a barragem de drones e mísseis”, “deve-se não só ao sucesso do investimento ao longo de décadas num sistema defensivo de mísseis que custa uma fortuna, mas que provou dar resultados, mas também contam muito com a ajuda dos Estados Unidos, do Reino Unido e, aparentemente também da França.”
Israel conta ainda com “o apoio de países árabes amigáveis." "A Jordânia abriu o espaço aéreo para que os aviões americanos pudessem ajudar Israel a parar o ataque iraniano”, refere o comentador.
“Este apoio internacional vai certamente refletir-se na forma como Israel vai atuar em Gaza.”, acrescenta.
Ainda em relação ao apoio dos Estados Unidos nesta tensão, o país por um lado reafirmou o apoio a Israel e por outro vem pedir que se evite a escalada do conflito. O jornalista da TSF diz que “o que os Estados Unidos estão a procurar fazer é tentar conter a resposta israelita, apoiando Israel”.
“A forma como Biden comentou o sucesso da capacidade defensiva de Israel diz tudo. Ele dá a entender que Israel fez teve uma capacidade de defesa extraordinária, mas que pronto, já está feito, já não é preciso ir mais além.”
Ricardo Alexandre explica que é expectável que o Irão responda na mesma moeda.
Para finalizar, o comentador e jornalista, diz que o ataque iraniano e tudo o que lhe sucedeu "dá como que a chave do futuro próximo do Médio Oriente outra vez a Israel".