“Não conheço 99% dos artistas”: os novos e antigos aventureiros de Paredes de Coura
Há quem venha com a lição bem estudada, com o cartaz na ponta de língua e a saber bem quem quer ver. Mas também há quem goste de vir à descoberta, não fosse também essa uma das marcas do festival: dar ao público a oportunidade de se esbarrar com bandas emergentes e sons alternativos.


Chegou ao recinto nas margens do rio Taboão na segunda-feira com os amigos. Estão a acampar e, para já, a experiência tem sido “cinco estrelas”. Já foi a outros festivais de verão e este ano foi a vez de experimentar o Paredes de Coura.

“Decidi vir este ano porque acho que é uma ‘vibe' diferente, mais calma”, afirma, acrescentando que ainda está a avaliar se regressa ou não em 2024.
Ao contrário de Vítor, encontrámos um grupo de amigos da Galiza, Espanha, que já coleciona edições do Vodafone Paredes de Coura. Pablo esteve nas edições em 2007, 2009, 2013, 2014, 2015, 2019 e agora em 2023. O Paredes de Coura é o seu festival favorito e há uma boa razão para isso.

“Em Espanha, não há um festival parecido. Os festivais grandes são em cidades e não em vilas. Este ambiente é muito distinto”, conta.
Ao mesmo tempo que jogavam cartas em cima de uma geleira, Pablo, Alexandre e Maria confessam que esta edição tem melhores condições na zona de campismo e que, em comparação a outros anos, estão menos pessoas no festival.

“Em 2019 ficámos ao sol, muito longe da casa de banho e havia muitas filas”, confessa Maria, congratulando a organização por ter melhorado as condições. Também Alexandre considera que o festival está mais cómodo este ano.
De Espanha vem também Samuel. Já tinha estado no festival em 2017 e este ano convenceu os amigos de Barcelona a virem viver a experiência de Coura pela primeira vez.

“Convenci os meus amigos a virem ao melhor festival, ao meu festival preferido”, refere.

As metas para os próximos dias já estão traçadas: “ver as bandas, conhecer pessoas, dar uns banhos no rio e descansar”.
Hugo veio ao festival pela primeira vez 2019 e ficou convencido pelo concerto dos New Order e os DJ sets “muito interessantes”. Voltou em 2022 e agora está presente este ano. Admite, no entanto, que ganhou o bilhete num passatempo.

“Se fosse para comprar o bilhete com o meu dinheiro, se calhar não tinha vindo”, remata.
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