Coronavírus

Coronavírus já infetou quase 6 mil pessoas e provocou a morte de 132

Número de infeções pelo novo coronavírus na China já ultrapassou o da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave, a SARS.

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O número de infeções pelo novo coronavírus, na China, já ultrapassou o da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave, a SARS, que entre 2002 e 2003 infetou mais de 5 mil e 300 pessoas e matou 774 em todo o mundo.

As autoridades chinesas dizem que já há quase 6 mil doentes com a pneumonia viral, e que até esta quarta feira já morreram mais de 130.

Só na terça feira, foram conhecidos mais mil e 400 novos casos de infecções.

A organização mundial da saúde continua a dizer que a China tem capacidade para conter a propagação do coronavírus mas há uma cada vez maior preocupação internacional por causa da velocidade a que aumenta o número de doentes, a cada dia que passa.

O tom oficial, de Pequim, é de passar uma imagem de controlo e calma, como se vê nas imagens da conferência de imprensa do porta voz da comissão de saúde chinesa. Numa sala cheia de jornalistas, o senhor Mi Feng, é o único que não tem máscara.

Como se o governo quisesse dizer que não é assim tão perigoso estar com dezenas de pessoas, num espaço fechado.

Mas a população, mesmo na capital, está a proteger-se e as ruas estão quase desertas, as lojas vazias, os cinemas e salas de jogos fechados.

O medo da propagação do coronavírus, que obriga milhões de chineses a estarem confinados às próprias casas na região de Hubei, numa quarentena forçada, está também a criar o pânico noutros locais que, como esta vila, a centenas de quilómetros de distância do ponto de origem da doença, bloqueiam a entrada de estranhos.

Os habitantes chegam mesmo a usar terra e lama, para impossibilitarem a entrada de quem vem de fora.

Por toda a China, todos os dias, dezenas de pessoas fazem filas, à porta das farmácias e lojas onde se vendem máscaras, luvas e gel desinfectante para as mãos.

Em Shangai, as autoridades fecharam um mercado que vendia material de proteção com defeitos e agora, a população junta-se nos locais onde ainda há stock disponível e que sabem ser seguro.

Mesmo correndo o risco de contágio.

Apesar dos rumores de que poderiam faltar bens essenciais, sobretudo ovos, frutas e legumes, os supermercados na maior parte da China, continuam a ter as prateleiras cheias e o governo emitiu um comunicado, esta quarta feira, a apelar aos agricultores para que aumentem as produções e aos distribuidores e comerciantes para que não alterem os preços.

O objectivo é garantir que, apesar das limitações que a propagação do coronavírus está a impôr, não falte comida nas próximas semanas.

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