Coronavírus

Apoio será pago a quem esteve em lay-off mais de 30 dias consecutivos

O complemento de estabilização começou a ser pago dia 30 de julho.

Lisboa, 30 de março de 2020.
Lisboa, 30 de março de 2020.
Rafael Marchante

Os trabalhadores que estiveram em lay-off por mais de 30 dias consecutivos, mas sem completar um mês civil, também vão receber o complemento de estabilização, anunciou hoje o Governo, indicando que vai alterar a lei nesse sentido.

"Face às dúvidas suscitadas quanto ao recebimento do complemento de estabilização por parte de trabalhadores que estiveram em 'lay-off' durante mais de 30 dias consecutivos nos meses de abril, maio e junho, mas sem completar um mês civil, o Governo esclarece que irá proceder à clarificação do regime previsto no 3.º do DL n.º27-B/2020, de 19 de junho, de forma a explicitar que os referidos trabalhadores estão abrangidos por este regime e, portanto, têm direito a receber o complemento de estabilização", afirma o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Na nota, o ministério salienta que o complemento de estabilização tem como objetivo "mitigar a perda de rendimento dos trabalhadores que estiveram pelo menos 30 dias em 'lay-off'".

O apoio aplica-se aos trabalhadores com um salário base até 1.270 euros que tiveram perda de rendimento "e o seu valor corresponde à diferença entre o salário base de cada trabalhador e o valor que recebeu durante 30 dias consecutivos em 'lay-off', com um mínimo de 100 euros e um máximo de 351 euros", pode ler-se na nota.

O ministério indica ainda que até agora o complemento de estabilização chegou a cerca de 300 mil trabalhadores e teve um impacto financeiro de 48 milhões de euros.

A nota do ministério de Ana Mendes Godinho surge depois de, na terça-feira, a Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) ter denunciado problemas na atribuição do complemento de estabilização aos trabalhadores em 'lay-off' durante 30 dias que não coincidiram com um mês civil.

"Esta redação prejudica todos os trabalhadores que tenham estado em situação de 'lay-off' durante 30 dias que não coincidam exatamente com um determinado mês civil", afirmou então a associação, em comunicado, explicando que a Segurança Social entende que, por exemplo, não têm direito ao complemento de estabilização os trabalhadores que tenham estado em situação de 'lay-off' entre 03 de abril e 02 de maio.

A associação criticou o facto de existirem trabalhadores que durante 30 dias (não coincidentes com um mês civil) estiveram em 'lay-off' sem acesso a este complemento de estabilização por perda de retribuição, enquanto outros trabalhadores em 'lay-off' pelo mesmo período, mas coincidente com um determinado mês civil, já têm direito ao complemento.

"Esta situação tem gerado muitos conflitos sociais entre os trabalhadores e os seus empregadores, que imputam às empresas a responsabilidade pelo não pagamento daquele complemento, uma vez que referem que as mesmas poderiam ter iniciado o 'lay-off' no primeiro dia de cada mês e assim já teriam direito ao seu pagamento", adiantou a associação.

O complemento de estabilização começou a ser pago dia 30 de julho.

Portugal com 1.740 mortes e 51.848 casos de Covid-19

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta quinta-feira a existência de 1.743 mortes e 52.061 casos de Covid-19 em Portugal, desde o início da pandemia.

O número de óbitos subiu de 1.740 para 1.743, mais 3 do que na quarta-feira. Já o número de infetados aumentou de 51.848 para 52.061, mais 213.

Há 369 doentes internados, 42 encontram-se em Unidades de Cuidados Intensivos.

O número de casos recuperados subiu de 37.565 para 37.840, mais 275.

Covid-19 já matou mais de 708 mil pessoas e infetou mais de 18,8 milhões

A pandemia de covid-19 já matou pelo menos 708.236 pessoas e infetou mais de 18.843.580 em todo o mundo desde que o vírus foi detetado na China, em dezembro, refere o último balanço feito pela Agência France-Presse (AFP) com base em dados oficiais.

Países mais atingidos

Os países que mais vítimas mortais contabilizaram nos seus últimos relatórios foram o Brasil, com 1.437 novas mortes, os Estados Unidos (1.262) e a Índia (904).

Entre os países mais atingidos, a Bélgica é a que apresenta o maior número de mortes em relação à sua população, com 85 mortes por cada 100.000 habitantes, seguida do Reino Unido (68), de Espanha (61), do Peru (61) e da Itália (58).

  • Estados Unidos com 158.268 mortes e 4.824.175 casos
  • Brasil, com 97.256 mortos e 2.859.073 casos
  • México, com 49.498 mortos (456.100 casos)
  • Reino Unido, com 46.364 mortos (307.184 casos)
  • Índia, com 40.699 óbitos e 1.964.536 casos de infeção
  • China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabiliza oficialmente um total de 84.528 casos (37 novos nas últimas 24 horas), incluindo 4.634 mortes e 79.057 recuperados.

A Europa totalizava, às 12:00 de hoje, 212.023 mortes e 3.279.050 casos, enquanto a América Latina e as Caraíbas registavam 209.934 óbitos (5.213.592 casos).

Os Estados Unidos e o Canadá contabilizavam 167.264 mortes (4.942.213 casos) e na Ásia somavam-se 68.070 óbitos (3.184.253 casos).

O Médio Oriente contabilizava 29.022 mortes (1.206.747 casos), África 21.636 óbitos (996.009 casos) e Oceânia 287 mortes (21.725 casos).