Os Estados Unidos garantiram ao Reino Unido que, se extraditar o fundador do WikiLeaks, Julian Assange poderá cumprir a sentença que seja ditada por um tribunal norte-americano na Austrália, seu país de nascimento.
Os Estados Unidos estão hoje a recorrer de uma decisão de um juiz britânico que negou a extradição de Assange por considerar que estaria em alto risco de suicídio numa prisão norte-americana.
"Os Estados Unidos garantem que consentirão que o Sr. Assange seja transferido para a Austrália para cumprir qualquer sentença que lhe seja imposta", segundo o documento apresentado ao Tribunal de Recurso de Londres pelos advogados que representam o governo dos EUA, citado pela agência Reuters.
Novo pedido de extradição
O tribunal britânico analisa um recurso ao pedido de extradição de Julian Assange. O pedido foi negado em janeiro deste ano, dada a fragilidade psicológica do fundador do Wikileaks e o risco de suicídio.
Se for extraditado e condenado em território norte-americano, Assange arrisca uma pena de prisão até 175 anos.
Julian Assange está acusado de espionagem e conspiração por, em 2010, ter divulgado documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.
Está ainda indiciado pelos crimes de conspiração e de apoio à ex-analista militar Chelsea Manning, que lhe providenciou a informação classificada.
Estas acusações juntam-se a uma anterior, por alegada tentativa de acesso ilegítimo a uma rede de computadores do Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA.