Acidente aéreo na Colômbia

Avião com equipa de futebol brasileira despenha-se na Colômbia

Há pelo menos cinco sobreviventes na queda do avião que transportava a equipa brasileira de futebol do Chapecoense, esta madrugada perto de Medellin, na Colômbia. A bordo seguiam 81 pessoas. A maioria morreu.

Avião com equipa de futebol brasileira despenha-se na Colômbia
twitter.com/policiantioquia

Última atualização às 12:46

O avião, um voo charter, levava a equipa do Chapecoense, do campeonato brasileiro, que ia defrontar o Atlético Nacional de Medellín, na primeira-mão da final da Taça Sul-Americana. Com a comitiva seguiam também vários jornalistas.

De acordo com a Globo, o guarda-redes do Chapecoense Danilo, que tinha sido resgatado com vida, acabou por falecer no hospital. A morte já foi confirmada pelo porta-voz do clube.

A agência France Press noticia que as autoridades colombianas confirmaram que o defesa central Helio Zampier Neto também foi resgatado com vida, aumentando assim para seis - ou sete - o número de sobreviventes. A agência de gestão de desastres (UNGRD) confirma.

No entanto, continua a existir uma divergência nos balanços de vítimas avançados pelas autoridades columbianas.

Antes das notícias da morte de Danilo e do resgate de Neto, o último comunicado da Aerocivil, a agência de aviação civil, identificava seis sobreviventes:

Mas, de acordo com a Reuters, a UNGRD confirmava que apenas cinco pessoas sobreviveram:

  • Alan Luciano Ruschel (lateral do Chapecoense)
  • Marcos Danilo Padilha (guarda-redes)
  • Jacson Ragnar Follmann (guarda-redes)
  • Ximena Suarez (elemento da tripulação)
  • Rafael Correa Gobbato (um dos jornalistas que acompanhava a comitiva)

Também o comandante da polícia da região de Antioquia revelou a existência de cinco sobreviventes. "Estamos a trabalhar para resgatar os corpos dos mortos entregar às suas famílias. Conseguimos resgatar cinco pessoas com vida. Quando amanhecer, vamos retirar os corpos e iniciar o processo para enviar ao país de origem das pessoas", disse o general José Acevedo à rádio Caracol.

Ao amanhecer na Colômbia, a polícia divulgou entretanto no Twitter fotos do local onde o avião se despenhou.

Possível falha elétrica no avião

Com 72 passageiros e nove tripulantes, o avião partiu do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e tinha feito uma escala técnica na Bolívia. Transportava a equipa do Chapecoense Real, do campeonato brasileiro, que ia defrontar o Atlético Nacional de Medellín, na primeira-mão da final da Taça Sul-Americana. A bordo seguiam também alguns jornalistas.

Segundo a Autoridade da Aeronáutica Civil da Colômbia, o piloto comunicou falhas elétricas 15 minutos antes de perder o contacto, às 22:00 locais (3:00 em Lisboa).

Uma agência de notícias local divulgou fotos do local do onde o avião se despenhou, na região montanhosa de El Cerro Gordo.

As operações de busca e salvamento estão a ser dificultadas pelos acessos ao local e pela baixa visibilidade devido ao mau tempo.

Fora de perigo está o ex-guarda-redes do Sporting Marcelo Boeck, vendido ao Chapecoense, que não seguia a bordo da aeronave. O jogador não foi convocado pelo treinador Caio Júnior, também conhecido do futebol português pela passagem pelo Vitória de Guimarães, Estrela da Amadora e Belenenses.

Na sua página oficial no Facebook, o Chapecoense dá conta do que aconteceu, mas para já "reserva-se o direito de aguardar o pronunciamento oficial da autoridade aérea colombiana, a fim de emitir qualquer nota oficial sobre o acidente."

Horas antes, o clube publicou um vídeo em direto com a equipa a embarcar para o avião:

O Atlético Nacional de Medellín emitiu já um comunicado em que expressa solidariedade e oferece apoio aos familiareas das vítimas.

A Confederação Sul-Americana de Futebol decidiu suspender todos jogos que tutela.