O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi pronunciou-se sobre a polémica em curso, para recordar que na atual situação "todas as hipóteses são possíveis" e que nenhuma está a ser privilegiada.
O ministro da Aviação civil referiu-se à tese de atentado no dia da catástrofe, mas de seguida a ausência de uma reivindicação e a emissão de alertas assinalando fumo a bordo e uma falha do sistema de comandos de voo reforçaram a hipótese de um acidente técnico.
O voo MS804 que fazia a ligação Paris-Cairo despenhou-se no mar Mediterrâneo na noite de quarta-feira para quinta-feira com 66 pessoas a bordo, incluindo 30 egípcios, 15 franceses e um cidadão português, após ter desaparecido subitamente dos radares.
Os navios e aviões dos exércitos egípcio e francês escrutinaram pelo terceiro dia o mar entre a ilha de Creta e a costa norte do Egito, procurando localizar a carlinga do Airbus A320 e as "caixas negras", os dois registos de voo.
Um avião francês de vigilância marítima detetou hoje novos e "diversos objetos flutuantes, provavelmente ligados ao avião", indicou um porta-voz da Marinha francesa. Até ao momento ainda não foi detetado nenhum corpo.
De visita à província de Damieta (norte), o presidente egípcio Al-Sisi considerou "ser muito importante saber que não existe nenhuma suposição concreta que neste momento nos permita determinar o que ocorreu" e pediu aos media nacionais e internacionais para não emitirem suposições.
"Aos media internacionais e nacionais: por favor, até agora todas as hipóteses são possíveis, e por isso é muito importante que não falemos ou digamos que existe uma determinada suposição", disse.
Lusa