"Devemos respeitar a eleição que a maioria da população britânica conseguiu mas, ao mesmo tempo, não escondo que é um resultado muito triste para a Europa e para a Dinamarca", disse em comunicado Lars Lokke Rasmussen líder do governo minoritário dinamarquês, apoiado pelos partidos de direita.
Rasmussen frisou que que deve ser o executivo britânico a decidir o caminho que quer prosseguir, mas mostrou o desejo de que o Reino Unido mantenha uma "estreita relação" com a União Europeia.
"O referendo britânico não interfere na posição da Dinamarca em relação à União Europeia", disse Rasmussen, que recordou a dependência da economia dinamarquesa em relação à cooperação europeia.
O primeiro-ministro dinamarquês referiu-se também aos resultados das consultas que foram realizadas recentemente na Dinamarca e na Holanda e que "devem suscitar reflexão e ação".
"Entre a população existe ceticismo perante a União Europeia. Todos nós que tomamos decisões no quadro da União Europeia devemos levar esta circunstância muito a sério", afirmou.
A Dinamarca, que não faz parte do euro, rejeitou num referendo realizado no passado mês de dezembro as situações de exceção nas áreas da justiça e da segurança que mantém desde 1993.
Os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair a União Europeia, depois de o 'Brexit' ter conquistado 51,9% dos votos no referendo de quinta-feira, cuja taxa de participação foi de 72,2%.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou já a intenção de se demitir em outubro, na sequência deste resultado,
As principais bolsas europeias abriram hoje em forte queda, com a bolsa de Londres a descer perto dos 8 por cento.
Lusa