"Creio que não vamos abrir novas ligações no Reino Unidos no próximo ano ou ano e meio, até que todos os sinais de incerteza desapareçam", afirmou Michael O'Leary à AFP, em Bruxelas.
Mais de um quarto das receitas da Ryanair resultam da operação na Grã-Bretanha, o que significa que a companhia aérea está particularmente exposta aos riscos do resultado do referendo em que os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido deve sair da União Europeia.
O presidente executivo da Ryanair explicou que os novos 50 aviões que serão entregues à companhia de baixo custo serão utilizados na operação em outros países da União Europeia, como Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha e países da Europa Central.
Os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido deve sair da UE, depois de o 'Brexit' (nome como ficou conhecida a saída britânica da União Europeia) ter conquistado 51,9% dos votos no referendo de quinta-feira.
Logo na sexta-feira, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou a sua demissão, com efeitos em outubro, e os líderes da UE defenderam uma saída rápida do Reino Unido.
O Conselho Europeu reúne-se hoje e quarta-feira em Bruxelas para analisar os cenários pós-'Brexit'.
Lusa