A libra esterlina estava hoje a subir fortemente para novos máximos de cinco meses face ao dólar e em menor medida face ao euro, pouco depois do anúncio de um acordo para o Brexit.
Contudo a valorização da libra esterlina foi travada depois de dois partidos britânicos terem anunciado que tencionam votar contra o acordo no Parlamento britânico.
Cerca das 09:45 em Londres, mesma hora de Lisboa, a libra esterlina estava a subir 1% face ao dólar, para 1,2937 dólares, e 0,50% face ao euro, para 1,1129 euros.
Quando o acordo foi anunciado, a libra subiu até aos 1,2990 dólares e o euro desceu para 85,76 libras, níveis máximos desde maio.
O anúncio do acordo entre Londres e Bruxelas também provocou uma subida nos mercados acionistas.
O índice da bolsa de Londres FTSE250, o mais representativo de valores britânicos, estava a subir 1% cerca das 10:00 em Londres e o FTSE100, que inclui mais multinacionais, estava a avançar para 7.215,74 pontos.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciaram os dois que chegaram a um acordo sobre o divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia.
No sábado, Johnson quer submeter à votação o acordo numa sessão especial na Câmara dos Comuns, mas não está claro que consiga a sua aprovação, porque necessita de maioria parlamentar depois do abandono ou expulsão de numerosos deputados do seu partido.
Hoje de manhã, a libra esterlina tinha baixado 0,5% face ao dólar e ao euro em Londres depois do Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte ter indicado que não podia aceitar o que Londres negoceia com Bruxelas.
A moeda britânica, muito volátil perante a situação política do 'Brexit', estava a cotar-se hoje de manhã a 1,2759 dólares e a 1,1525 euros.
Há uns dias, a libra alcançou máximos de três meses face ao dólar e também subiu face ao euro perante a perspetiva de que pudesse haver um acordo para a saída do Reino Unido do bloco europeu, fixada para 31 de outubro.
Contudo, a líder do DUP, Arlene Foster, emitiu hoje um comunicado no qual manifesta as suas reservas em relação ao acordo, poucas horas antes da vital cimeira europeia, na qual o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, espera fechar uma saída negociada do seu país do bloco europeu em finais de outubro.
Lusa