Mark Zuckerberg recorreu à sua própria rede social para quebrar o silêncio, que durava há cinco dias, sobre o escândalo que envolve o Facebook e a Cambridge Analytica.
"Temos a responsabilidade de proteger a vossa informação, e se não conseguimos, não merecemos servir-vos", começou por explicar o CEO do Facebook, adiantando que está a investigar para compreender o incidente.
"Mas nós também cometemos erros, há mais a fazer e nós precisamos de dar um passo em frente e fazer."
Mark Zuckerberg prometeu ainda estar a trabalhar para que a situação "não volte a acontecer". Lançou depois uma timeline dos eventos, que começou em 2007, com o lançamento da plataforma e que termina na semana assada, quando descobriu através do The Guardian, The New York Times e Channel 4 que a Cambridge Analytica "pode não ter apagado a informação", como tinham dito ter feito.
"Isto foi uma quebra de confiança entre Aleksandr Kogan (o psicólogo da gigante tecnológica), Cambridge Analytica e o Facebook. Mas é também uma quebra de confiança entre o Facebook e as pessoas que partilharam a sua informação connosco e esperavam que a protegêssemos."
O Facebook está a ser alvo de investigações nos Estados Unidos da América e na Europa por suspeitas de ter facilitado informação de cerca de 50 milhões de utilizadores à gigante tecnológica Cambridge Analytica.
A empresa trabalhou com na campanha de Donald Trump para as presidenciais norte-americanas e no referendo à saída do Reino Unido da União Europeia. Segundo a investigação do canal de televisão britânico Channel 4, a empresa é acusada de utilizar os dados da rede social para manipular informação e os utilizadores.
