Ébola

Japão pronto a fornecer medicamento experimental para Ébola

O Japão está pronto a oferecer um medicamento experimental desenvolvido no país para travar o surto de Ébola que ameaça o planeta, anunciou hoje o porta-voz governamental.

© Stringer . / Reuters

"O nosso país está, caso a Organização Mundial de Saúde o requeira,  preparado para fornecer o medicamento que está pronto para ser aprovado  e num trabalho de cooperação com o produtor", disse Yoshihide Suga. 

A Organização Mundial de Saúde tem discutido a utilização de medicamentos  ainda não aprovados como uma forma de combater o surte de Ébola em África  que já provocou a morte a mais de 1.400 pessoas, com outros milhares infetados.

Atualmente não existe nenhum medicamento específico de combate ao vírus  Ébola apesar de várias drogas estarem em desenvolvimento. 

A utilização de um medicamento experimental denominado ZMapp em dois  cidadãos norte-americanos e num padre espanhol abriu um intenso debate ético  sobre a utilização de medicamentos não homologados. 

O medicamento, disponível em quantidades muito pequenas, forneceu dados  promissores nos dois cidadãos americanos, mas o padre espanhol acabaria  por morrer. 

A Mapp Bioparmaceutical, companhia produtora do medicamento já disse  ter enviado para África todas as doses disponíveis da nova droga. 

No caso do medicamento japonês, desenvolvido pela Fujifilm Holdings  e que foi aprovado em março pelas autoridades do Japão como antigripal,  está em testes nos Estados Unidos, não coloca problemas de fornecimento  e, de acordo com o porta-voz, estão disponíveis doses para 20.000 pessoas.

Desde o início da epidemia de Ébola em março e até 20 de agosto, a Organização  Mundial de Saúde contabilizou 1.427 mortos em 2.615 casos identificados.

A Libéria é o país mais afetado, com 624 mortos em 1.082 casos, seguindo-se  a Guiné-Conacri com 407 vítimas mortais.  

A Serra Leoa e a Nigéria registaram, respetivamente, 392 mortos e cinco  mortos