Ébola

Canadá apela aos seus nacionais para abandonarem regiões de risco do Ébola

O Governo canadiano alertou sexta-feira os seus nacionais para deixarem a região ocidental de África, onde o Ébola se regista com maior incidência e reforçou medidas de controlo nas fronteiras para evitar a doença.

© Sergio Perez / Reuters

"Estamos a apelar aos canadianos que vivem na Serra Leoa, Guiné Conacri e Libéria que considerem a possibilidade de abandonarem estes países enquanto ainda é possível utilizar meios comerciais", explicou a ministra da Saúde, Rona Ambrose.

A mesma responsável adiantou que todos aqueles que se deslocarem ao Canadá a partir dos países afetados serão alvo de atenção redobrada nos aeroportos.

Apesar de reconhecer um "baixo risco" dentro das fronteiras canadianas, Rona Ambrose não descarta as medidas preventivas e garantiu que os que estiveram em zonas onde o vírus são inspecionados com maior cuidado.

Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde, a epidemia de Ébola já causou a morte de mais de 4.000 pessoas num conjunto de oito mil infetados.

A Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri são os países mais atingidos pela epidemia, que também já causou mortes na Nigéria, Estados Unidos e Espanha.

O primeiro caso de contágio fora de África foi detetado, no início do mês, em Espanha e estão seis pessoas internadas em observação num hospital de Madrid.

Vários países estão a impor restrições à circulação de pessoas oriundas dos países mais atingidos pela epidemia e a introduzir postos de controlo sanitário nos aeroportos para vigiar a febre, um dos primeiros sintomas da doença.

Existe também um outro surto de Ébola na República Democrática do Congo, que já causou 43 mortos, mas as autoridades médicas referem que não está relacionado com os casos na África Ocidental.

O Ébola, que se transmite por contacto direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados, é um vírus que foi identificado pela primeira vez em 1976. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevada. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.

 

LUSA