Quando aceitou em meados de julho a nomeação para ser o vice-presidente do multimilionário, o conservador Mike Pence, de 57 anos, foi descrito como um homem discreto e relativamente desconhecido, mas detentor de um currículo político sólido e de um perfil que ia agradar à ala evangélica do eleitorado republicano.
Nesse mesmo mês, um artigo do jornal The New York Times indicava que Mike Pence descrevia-se como "cristão, conservador e republicano, por esta ordem de importância".
Intransigente sobre questões como o aborto e o casamento homossexual, Pence esteve 12 anos no Congresso norte-americano -- o que lhe dá uma experiência política valiosa para Trump -- e é governador do estado do Indiana desde 2013.
Durante o período em que esteve em Washington, liderou o Republican Study Group, um 'think thank' (grupo de discussão) conservador, próximo do Tea Party, o movimento ultraconservador muito influente no Partido Republicano.
No início do período eleitoral republicano, Pence começou por ser um apoiante do senador do Texas Ted Cruz, o último nome a abandonar a corrida das primárias do 'Grand Old Party' (GOP, como o Partido Republicano é conhecido).
Quando protagonizou com o democrata Tim Kaine o único debate televisivo com os candidatos a vice-presidente, em meados de outubro, Mike Pence foi dado como vencedor do frente-a-frente, dominado pela política externa e pela defesa da reputação dos candidatos que cada um representa.
Advogado de formação, Pence é casado com Karen Pence desde 1985 e tem três filhos.
Lusa