Na sondagem, realizada pela empresa Harris Interactive para a rádio RMC e a televisão BFM TV, apenas 26% dos 927 inquiridos, contactados após o final da conferência de imprensa de segunda-feira de François Fillon, se disseram satisfeitas com as explicações.Na conferência, Fillon pediu perdão por ter empregado a mulher e os filhos como assessores parlamentares, mas negou serem empregos fictícios, assegurando que mereceram o salário que receberam, o qual, no caso da mulher, ascendeu a quase um milhão de euros brutos em menos de uma década.
A argumentação de Fillon convenceu mais os inquiridos que se identificaram como simpatizantes da direita (58%) e em particular os que se dizem apoiantes do partido Os Republicanos (62%).
Em relação à semana passada, no auge da polémica em torno das revelações pelo semanário Le Canard Enchaîné, a percentagem dos inquiridos que consideram que Fillon deve manter a candidatura subiu quatro pontos percentuais para 35%, mantendo-se, contudo uma maioria, atualmente de 65%, de inquiridos para quem a direita deve escolher outro candidato.
Entre os simpatizantes de direita e os do partido, são mais os que querem Fillon como candidato: 59% e 67% respetivamente, em ambos os casos nove pontos percentuais acima da semana passada.Outra sondagem divulgada hoje, do instituto Ifop, revelou, segundo as intenções de voto neste momento, que a segunda volta vai ser disputada entre a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, com 25,5%, e o candidato independente Emmanuel Macron, 20,5%.
Fillon fica em terceiro lugar, com 18,5%.A primeira volta das eleições presidenciais de França realiza-se a 23 de abril e a segunda