Europeias 2014

Rangel pede a Seguro que fale de economia em vez de lançar "tricas" sobre Juncker 

O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP  às eleições europeias Paulo Rangel pediu hoje ao secretário-geral do PS,  António José Seguro, para falar de economia em vez de lançar "tricas" sobre  afirmações de Jean-Claude Juncker.  

PAULO CUNHA

Questionado sobre a afirmação do candidato a presidente da Comissão  Europeia apoiado pela coligação PSD/CDS-PP de que "as pessoas são tão importantes  como os bens e o capital", criticada pelo secretário-geral do PS, Paulo  Rangel escusou-se a comentá-la: "Nós não vamos entrar em 'fait-divers' e  em coisas pequenas". 

"António José Seguro que venha falar de economia, que venha falar de  crescimento, que venha falar de emprego, que diga quais são as propostas  que tem para a Europa, que isso é que era positivo, em vez de estar aí com  pequenas tricas que mostram de facto a política a um nível muito, muito,  muito pequeno", acrescentou, durante uma visita a uma empresa, no concelho  de Santarém. 

Antes, o número um indicado pelo CDS-PP para Aliança Portugal, Nuno  Melo, alegou que o secretário-geral do PS "ainda nada disse sobre agricultura"  e desafiou-o a explicar "por que razão é que a agricultura deixou de ser  uma área fundamental, prioritária para os socialistas". 

"Não há uma palavra para a economia, não há uma palavra nem para a agricultura,  nem para a indústria", reforçou Paulo Rangel, sustentando que, ao contrário  do PS, ao longo desta campanha a coligação PSD/CDS-PP não alimentou "casos  e incidentes" e apresentou uma agenda para a reindustrialização e para o  crescimento económico na Europa. 

Como bases para a reindustrialização, o social-democrata apontou o aprofundamento  do mercado único de bens e serviços, o acordo comercial com os Estados Unidos  e a integração dos mercados energéticos, referindo que "o custo da energia  em Portugal é extremamente elevado" e que "apesar dos avanços que já se  fizeram, é preciso fazer mais". 

O cabeça de lista da Aliança Portugal disse que as "visitas sistemáticas"  a empresas são uma forma de esta candidatura assinalar os "exemplos de boas  práticas sob o ponto de vista da economia" e, em contraste, atribuiu ao  PS "um discurso catastrofista e destrutivo". 

 Hoje, a coligação PSD/CDS-PP visitou uma empresa de congelados de peixe,  uma distribuidora de pera rocha, uma indústria de refrigeração e uma unidade  de produção de ovos. 

Lusa