Armando Vara foi libertado pelo Tribunal de Évora depois de ver perdoada uma parte da pena no processo Face Oculta. O antigo ministro beneficia do regime criado na pandemia para aliviar as cadeias e prevenir o contágio do vírus.
A pena por tráfico de influências terminava em outubro de 2023 para Armando Vara, mas o Tribunal de Évora decidiu antecipar a saída depois de cumpridos dois anos e nove meses.
Para trás ficaram os pedidos de libertação condicional, depois de cumprida metade da pena em abril e de saída administrativa especial. Ambos por motivos de prevenção geral.
Armando Vara diz-se vítima da Justiça.
O Tribunal de Execução de Penas entendeu que Armando Vara preenchia os requisitos legais de perdão de pena previstos na lei covid-19 que já abriu portas a mais de 2.000 reclusos.
O Tribunal considerou que a libertação imediata do antigo ministro se justificava por não ter sido condenado por qualquer crime que a Assembleia da República tenha fixado como "imperdoável".
Segundo o tribunal, os três crimes de tráfico de influências, foram cometidos entre 2006 e 2009, altura em que Armando Vara não era titular de qualquer cargo político.
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