FC Porto Campeão 2017/2018

Os 6 dragões de ouro que fizeram a diferença no regresso aos títulos

A união que Sérgio Conceição foi capaz de incutir no plantel portista pode ser considerada um dos elementos-chave para este título. Mas mesmo num grupo em que todos remam no mesmo sentido, há quem faça a diferença em cada remada. Destacamos, por isso, as figuras de proa do plantel azul e branco nesta conquista.

IKER CASILLAS

A cumprir a terceira época de dragão ao peito, o guarda-redes espanhol é o "abuelo" (avô) - assim é carinhosamente apelidado pelos colegas de equipa - do balneário portista.

Manteve, no início da temporada, o estatuto de titular indiscutível que trazia da época anterior. Mas perdeu-o após o clássico em Alvalade (0-0), na 8.ª jornada. O banco voltou a ser uma realidade (já o havia sido em Madrid) e foi a vez de José Sá se chegar à frente.

Entre 17 de outubro e 18 de fevereiro, Iker só foi titular nos encontros da Taça de Portugal e Taça da Liga.

JOS\303\211 COELHO

Tudo mudou na receção ao Rio Ave, na jornada 23. Depois de uma exibição menos conseguida por parte de Sá, na receção ao Liverpool (0-5), Casillas voltou ao seu habitat natural, entre os postes.

De lá para cá, nunca mais largou a baliza portista e foi, tanto em campo no banco, uma das principais referências do grupo. Pela qualidade, pela experiência mas acima de tudo pela entrega que deposita em cada momento.

Junta o campeonato português a um palmarés já bastante recheado, onde se incluem 3 Ligas dos Campeões, 2 Europeus, 1 Mundial ou 5 Ligas espanholas.

As dúvidas sobre a continuidade de Casillas no Dragão continuam sem resposta
Andrew Yates

FELIPE

Chegou à Invicta na época passada e desde cedo assumiu um estatuto de indispensável no eixo da defesa portista.

Aos 28 anos, o central brasileiro atravessa uma das melhores fases da carreira. Travar as investidas adversárias já não é suficiente para que fique satisfeito, visto que o faro pelo golo continua a aumentar.

MANUEL FERNANDO ARA\303\232JO

Depois de três golos na temporada de estreia, já fez quatro em 2017/2018, três deles no campeonato.

Caso não surjam propostas aliciantes no próximo mercado, deverá continuar a ser um dos pilares da defensiva azul e branca.

Com 1,91 metros, o central brasileiro ganha quase todos os duelos pelas alturas
JOSE COELHO

ALEX TELLES

Tal como Felipe, chegou ao reino do Dragão em 2016. E tal como o compatriota, encarnou no FC Porto um maior instinto para o golo.

Quatro golos marcados - três no campeonato e um na Champions - são já o melhor registo da carreira, mas o maior contributo de Alex Telles não está em encontrar as redes adversárias mas sim em descobrir colegas que as façam vibrar.

MANUEL ARA\303\232JO

O rei das assistências no campeonato já leva 12 passes para golo, mais quatro que em 2016/2017, o que representa uma influência num quinto dos golos marcados pelo FC Porto neste campeonato.

Aos 25 anos, o lateral esquerdo brasileiro tem toda a legitimidade para aspirar a um lugar entre os convocados da canarinha para o campeonato do mundo.

JOS\303\211 COELHO

HÉCTOR HERRERA

O internacional mexicano era um dos poucos sobreviventes do último troféu do palmarés portista - a Supertaça conquistada em 2013, sob o leme de Paulo Fonseca.

Foram precisas cinco temporadas no Dragão para que o tão desejado título chegasse. Mais que o título, a rendição daquele que, para uma grande percentagem dos adeptos portistas, era considerado o patinho feio do plantel.

Jose Coelho

O auge dessa rendição deu-se no clássico da Luz. Mais que o golo que deu aos dragões um triunfo vital na luta pela liderança, o pontapé de Herrera transportou a frustração acumulada por um papel que lhe atribuíram mas que nunca foi dele.

O próximo peso que o capitão portista terá de carregar são os 9 kgs da taça de campeão nacional.

Herrera marcou na Luz aquele que foi um dos golos do título
MANUEL DE ALMEIDA

YACINE BRAHIMI

A espalhar magia no Dragão desde 2014, é, aos 28 anos, um dos principais desequilibradores do campeonato.

Um dribleur puro que tem no compatriota Madjer - autor do golo de calcanhar que deu o título europeu ao FC Porto em 1987 - uma das maiores inspirações.

JOS\303\211 COELHO

Brahimi perfuma cada relvado que pisa com aquela magia tão característica do futebol africano. Marca e dá a marcar.

No campeonato leva 11 golos e 8 assistências mas, mais que isso, um talento inesgotável, capaz de endiabrar qualquer defesa.

MANUEL DE ALMEIDA

MOUSSA MAREGA

É muito provavelmente unânime a conclusão de que Marega foi a figura maior na conquista deste título.

Além do que deu - 22 golos e uma pujança física assustadora na frente de ataque portista, que tantas vezes foi determinante -, o avançado maliano goza de maior destaque pelo percurso que fez.

Em junho, quando Sérgio Conceição o integrou nos trabalhos da equipa, recém-chegado de um empréstimo bem sucedido ao Vitória de Guimarães, muito poucos seriam os adeptos portistas a perfilá-lo como uma das maiores influências do plantel na época que se avizinhava.

MANUEL ARAUJO

Jogo após jogo, golo após golo, Marega convenceu até o portista mais cético. Atualmente, goza de um estatuto especial entre os adeptos, num misto de carinho e devoção que lhe valeram até um cântico em nome próprio.

Aos 27 anos, promete continuar a fazer a diferença, seja no Dragão ou em outro qualquer relvado.

Um 1 e um 4 nas mãos de Marega, cada vez que celebra um golo, representam o número 14, o número da rua em que morava e onde começou a jogar à bola com os amigos, nos arredores de Paris
JOS\303\211 COELHO