IKER CASILLAS
A cumprir a terceira época de dragão ao peito, o guarda-redes espanhol é o "abuelo" (avô) - assim é carinhosamente apelidado pelos colegas de equipa - do balneário portista.
Manteve, no início da temporada, o estatuto de titular indiscutível que trazia da época anterior. Mas perdeu-o após o clássico em Alvalade (0-0), na 8.ª jornada. O banco voltou a ser uma realidade (já o havia sido em Madrid) e foi a vez de José Sá se chegar à frente.
Entre 17 de outubro e 18 de fevereiro, Iker só foi titular nos encontros da Taça de Portugal e Taça da Liga.
Tudo mudou na receção ao Rio Ave, na jornada 23. Depois de uma exibição menos conseguida por parte de Sá, na receção ao Liverpool (0-5), Casillas voltou ao seu habitat natural, entre os postes.
De lá para cá, nunca mais largou a baliza portista e foi, tanto em campo no banco, uma das principais referências do grupo. Pela qualidade, pela experiência mas acima de tudo pela entrega que deposita em cada momento.
Junta o campeonato português a um palmarés já bastante recheado, onde se incluem 3 Ligas dos Campeões, 2 Europeus, 1 Mundial ou 5 Ligas espanholas.
FELIPE
Chegou à Invicta na época passada e desde cedo assumiu um estatuto de indispensável no eixo da defesa portista.
Aos 28 anos, o central brasileiro atravessa uma das melhores fases da carreira. Travar as investidas adversárias já não é suficiente para que fique satisfeito, visto que o faro pelo golo continua a aumentar.
Depois de três golos na temporada de estreia, já fez quatro em 2017/2018, três deles no campeonato.
Caso não surjam propostas aliciantes no próximo mercado, deverá continuar a ser um dos pilares da defensiva azul e branca.
ALEX TELLES
Tal como Felipe, chegou ao reino do Dragão em 2016. E tal como o compatriota, encarnou no FC Porto um maior instinto para o golo.
Quatro golos marcados - três no campeonato e um na Champions - são já o melhor registo da carreira, mas o maior contributo de Alex Telles não está em encontrar as redes adversárias mas sim em descobrir colegas que as façam vibrar.
O rei das assistências no campeonato já leva 12 passes para golo, mais quatro que em 2016/2017, o que representa uma influência num quinto dos golos marcados pelo FC Porto neste campeonato.
Aos 25 anos, o lateral esquerdo brasileiro tem toda a legitimidade para aspirar a um lugar entre os convocados da canarinha para o campeonato do mundo.
HÉCTOR HERRERA
O internacional mexicano era um dos poucos sobreviventes do último troféu do palmarés portista - a Supertaça conquistada em 2013, sob o leme de Paulo Fonseca.
Foram precisas cinco temporadas no Dragão para que o tão desejado título chegasse. Mais que o título, a rendição daquele que, para uma grande percentagem dos adeptos portistas, era considerado o patinho feio do plantel.
O auge dessa rendição deu-se no clássico da Luz. Mais que o golo que deu aos dragões um triunfo vital na luta pela liderança, o pontapé de Herrera transportou a frustração acumulada por um papel que lhe atribuíram mas que nunca foi dele.
O próximo peso que o capitão portista terá de carregar são os 9 kgs da taça de campeão nacional.
YACINE BRAHIMI
A espalhar magia no Dragão desde 2014, é, aos 28 anos, um dos principais desequilibradores do campeonato.
Um dribleur puro que tem no compatriota Madjer - autor do golo de calcanhar que deu o título europeu ao FC Porto em 1987 - uma das maiores inspirações.
Brahimi perfuma cada relvado que pisa com aquela magia tão característica do futebol africano. Marca e dá a marcar.
No campeonato leva 11 golos e 8 assistências mas, mais que isso, um talento inesgotável, capaz de endiabrar qualquer defesa.
MOUSSA MAREGA
É muito provavelmente unânime a conclusão de que Marega foi a figura maior na conquista deste título.
Além do que deu - 22 golos e uma pujança física assustadora na frente de ataque portista, que tantas vezes foi determinante -, o avançado maliano goza de maior destaque pelo percurso que fez.
Em junho, quando Sérgio Conceição o integrou nos trabalhos da equipa, recém-chegado de um empréstimo bem sucedido ao Vitória de Guimarães, muito poucos seriam os adeptos portistas a perfilá-lo como uma das maiores influências do plantel na época que se avizinhava.
Jogo após jogo, golo após golo, Marega convenceu até o portista mais cético. Atualmente, goza de um estatuto especial entre os adeptos, num misto de carinho e devoção que lhe valeram até um cântico em nome próprio.
Aos 27 anos, promete continuar a fazer a diferença, seja no Dragão ou em outro qualquer relvado.