"Com o desaparecimento de Fidel Castro, passa-se, sem dúvida, uma página importante na história política mundial", defendeu Charles Michel, em comunicado, realçando o "fim definitivo da Guerra Fria que tanto dividiu os povos no século passado".
O histórico líder cubano, Fidel Castro, morreu na noite de sexta-feira, 25 de novembro, aos 90 anos, às 22:29 locais (03:29 de sábado em Portugal continental) e já foram várias as reações e condolências apresentadas por diversos líderes políticos mundiais.
O governante belga espera que o percurso político de Fidel Castro possa "ser estudado no seu justo valor", sem esquecer que foi acusado por uma parte dos cubanos e da comunidade internacional de ter suprimido liberdades económicas e políticas no seu país.
Charles Michel salientou os "sinais de abertura" iniciados pelo presidente cubano, Raúl Castro, e pelo seu homólogo norte-americano, Barack Obama, em 2014, no sentido de normalizar as suas relações, depois de mais de 50 anos de afastamento.
Realçou, no entanto, que será necessário que os EUA levantem o embargo económico que mantêm relativamente a Cuba.
"Fidel Castro foi um dos rostos mais destacados do século XX, escreveu a história do mundo", apontou o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, segundo a agência do seu país, a ANP.
O responsável político da Holanda sublinhou que a influência de Fidel Castro se estende por um período que abrange a crise dos mísseis no ponto mais crítico da Guerra Fria, mas também o "aperto de mãos entre o seu irmão Raúl e o presidente Obama".
Mark Rutte não deixou de referir igualmente "violações graves dos direitos humanos", durante o governo de Fidel Castro.
Fidel Castro será cremado, conforme a sua vontade, e as cerimónias fúnebres vão realizar-se a 04 de dezembro, em Santiago de Cuba, no sul do país.
Lusa