Numa mensagem à nação transmitida através da televisão, Tsipras reafirmou que os depósitos, pensões e salários dos gregos estão a salvo e que não tenciona levar o país a sair da zona euro.
O primeiro-ministro prometeu ainda que as dificuldades do povo grego serão "temporárias" e que votar "não" no referendo não significa a rutura com a Europa, mas sim um passo decisivo para conseguir um acordo melhor com os credores, que acusa de estarem a chantagear os cidadãos gregos.
"Depois do referendo ser anunciado, recebemos propostas melhores, sobretudo no que diz respeito à reestruturação da dívida. Na segunda-feira [após o referendo], o governo estará à mesa das negociações com melhores condições para dar ao povo grego", escreveu entretanto na sua conta na rede social Twitter.
Tsipras salientou que um "veredito popular é muito mais forte do que a vontade do governo" e considerou "inaceitável que a Europa da solidariedade force o encerramento dos bancos como resposta à decisão do governo de deixar o povo decidir".
O primeiro-ministro dirigiu-se ainda aos pensionistas, garantindo: "temos estado nos últimos meses a negociar intensamente para proteger as vossas pensões, proteger o vosso direito a uma pensão decente".
A mensagem de Tsipras acontece depois de Atenas ter apresentado uma contraproposta para tentar alcançar um acordo. A carta dirigida por Tsipras aos chefes das três instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) sublinha que a Grécia "está preparada para aceitar o acordo" com algumas alterações.
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