Incêndio na Notre-Dame

Depois das abelhas, agora é a vez de procurar pelos falcões da Notre-Dame

Casal de animais não é visto desde o incêndio que destruiu a catedral no centro de Paris.

Depois das abelhas, agora é a vez de procurar pelos falcões da Notre-Dame

Depois do apicultor que cuida das colmeias da catedral de Notre-Dame ter recebido a notícia de que as 200 mil abelhas tinham sobrevivido ao incêndio, agora é a vez de tentar perceber o que aconteceu ao casal falcões que tinha um ninho do telhado do monumento, que ardeu na passada segunda-feira.

A denúncia é da Liga Francesa de Proteção de Aves, que avança que um casal de falcões vivia na catedral, protegido pela estrutura do monumento.

Encarregado de observar os falcões, o grupo põe a hipótese de os animais terem morrido no incêndio.

No entanto, em entrevista ao jornal francês Libération, o coordenador da liga pôs também a hipótese de os animais de rapina terem conseguido escapar e, nesse caso, "devem agora procurar uma nova área de nidificação".

"Vamos tentar encontrá-los", prometeu Emmanuel Chérimont.

IAN LANGSDON

O jornal francês conta que a presença de falcões em Paris não é uma novidade e lembra que, em 1840, o ornitólogo Zéphirin Gerbe provou a presença dessas aves no coração da capital francesa.

A Liga Francesa de Proteção de Aves registou 50 casais de falcões em Paris, em 2000, contra os menos de 30 de hoje em dia.

A catedral de Notre-Dame encontrava-se em obras de restauro no seu exterior quando, no passado dia 15 à tarde, deflagrou um violento incêndio que demorou cerca de 15 horas a ser extinto. As chamas destruíram o pináculo e uma grande parte do telhado, além de parte do acervo artístico no interior.