Quadros de Miró

Quadros de Miró já estão na Caixa Geral de Depósitos

Os 85 quadros de Miró do antigo Banco Português de Negócios regressaram hoje a Lisboa e encontram-se depositados num cofre-forte da Caixa Geral de Depósitos, disse à Lusa fonte da Parvalorem.  

© Suzanne Plunkett / Reuters

Os quadros estão depositados na Caixa Geral de Depósitos da Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, segundo a mesma fonte. 

As 85 obras de Joan Miró estavam para ser vendidas a 04 e 05 de fevereiro,  em Londres, segundo um contrato estabelecido com a leiloeira Christies,  que acabou por cancelar a venda quando surgiram dúvidas em relação à legalidade  da saída dos quadros de Portugal. 

O presidente da Parvalorem, Francisco Nogueira Leite, disse, no passado  dia 19, na audição da comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura,  que os quadros regressariam a Portugal e um novo leilão seria realizado  pela Christie's, em Londres. 

A leiloeira britânica já anunciou, para o mês de junho, nova operação  de venda das obras, depois de cumpridas a formalidades. 

A Lei do Património Cultural determina que "a exportação e a expedição  temporárias ou definitivas de bens que integrem o património cultural, ainda  que não inscritos no registo patrimonial de classificação ou inventariação,  devem ser precedidas de comunicação à administração do património cultural  competente com a antecedência de 30 dias". 

Ainda segundo a lei, se estes procedimentos não se verificarem, as exportações  e expedições "são ilícitas". 

A Christie's cancelou a venda dos quadros, prevista para os passados  dias 04 e 05, depois de o Tribunal Administrativo de Lisboa ter rejeitado  a primeira providência cautelar, interposta pelo Ministério Público (MP),  e alertado para ilicitudes, no processo de expedição. 

O MP interpôs uma segunda providência cautelar, para suspensão da venda,  sobre a qual ainda não é conhecida decisão. 

A Parvalorem, à semelhança da Parups e a Parparticipadas, foi criada  em 2010 com o objetivo de gerir ativos e recuperar créditos do universo  do ex-BPN. 

Lusa