"Recebi com absoluta surpresa e enorme consternação a notícia da morte de Nicolau Breyner", refere Ferro Rodrigues, numa nota enviada à comunicação social.
Sublinhando que "o país perde um dos seus melhores criadores", o presidente da Assembleia da República recorda Nicolau Breyner como "um ator absolutamente extraordinário nos mais diversos registos" e "um humorista revolucionário".
"Um homem de reconhecida independência que faz parte da minha vida desde os meus 20 anos, quando nas eleições de 1969 nos cruzamos no apoio à CDE", acrescenta Ferro Rodrigues.
Na nota, o presidente da Assembleia da República expressa ainda, em seu nome e em nome do parlamento, "os mais profundos sentimentos" à família, amigos e admiradores do ator.
O ator e realizador Nicolau Breyner, 75 anos, morreu hoje, em casa, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte da assessoria do ator.
De acordo com a mesma fonte, Nicolau Breyner não se encontrava doente, tendo falecido em casa durante a tarde, "aparentemente de causas naturais".
Nascido em Serpa, no distrito de Beja, a 30 de julho de 1940, com uma carreira de mais de 60 anos, o ator deixou uma marca intensa na televisão portuguesa, sobretudo através de telenovelas muito populares como "Vila Faia" e "Cinzas", entre outras.
Ficou também conhecido do grande público em programas na televisão como "Senhor feliz e senhor contente", com Herman José, e "Eu Show Nico".
Trabalhou igualmente no cinema, como ator e realizador, tendo colaborado com realizadores como António-Pedro Vasconcelos ("A Bela e o Paparazzo", "Os Imortais", "Os gatos não têm vertigens"), João Botelho ("Corrupção") e Leonel Vieira ("A arte de Roubar"), entre outros.
Nicolau Breyner estava atualmente a participar nas gravações da telenovela da TVI "A Impostora".
Lusa