O Presidente da República considera que o alegado tráfico em missões militares não atinge o prestígio das Forças Armadas e reforça que as autoridades estão a invesigar o caso.
Em Cabo Verde, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garante que a excelência das Forças Armadas não está em causa.
O Comandante Supremo das Forças Armadas lembra que a abertura da investigação ao alegado "tráfico de diamantes" só prestigia.
Em 2020, o ministro da Defesa informou as Nações Unidas das suspeitas que recaíam sobre alguns militares na República Centro-Africana.
João Gomes Cravinho garantiu que os suspeitos não regressaram à República Centro Africana em missões posteriores.
O ministro dos Negócio Estrangeiros considera que se tratam de indícios e não de factos apurados. Augusto Santos Silva recorda, ainda, o reconhecimento internacional dos militares portugueses em missões de paz das Nações Unidas.
Questionada pela SIC, as Nações Unidas confirmam ter reconhecimento das suspeitas e manifestaram disponibilidade para cooperar na investigação.
Alguns militares portugueses em missões na República Centro-Africana podem ter sido utilizados como "correios no tráfego de diamantes, ouro e estupefacientes", revelou o Estado-Maior-General das Forças Armadas, adiantando que o caso foi reportado em 2019.
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