Operação Miríade

Operação Miríade: sogro de capitão dos Comandos investigado por cumplicidade

O dinheiro poderá ter circulado através de duas contas da Caixa de Crédito Agrícola de Bragança.

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As teias da Operação Miríade podem chegar até Bragança: o sogro de um dos militares alegadamente envolvido no tráfico de ouro, diamantes e droga, com origem na República Centro-Africana, está a ser investigado como possível cúmplice.

A investigação suspeita que duas empresas em que Jorge Magalhães era administrador serviram para despistar a origem de milhares de euros entregues pelo genro, Nuno Loureiro, capitão dos Comandos.

O dinheiro poderá ter circulado através de duas contas da Caixa de Crédito Agrícola de Bragança, que apresentam várias transferências de dezenas de milhares de euros, efetuadas em 2019 e 2020, com origem e destino desconhecidos.

Durante a investigação, o DIAP de Lisboa pediu à instituição bancária que fornecesse dados relativos às contas de Jorge Magalhães e do genro Nuno Loureiro. De acordo com o despacho de indiciação, três altos funcionários da Caixa de Crédito Agrícola de Bragança terão informado o principal visado – Jorge Magalhães –, que também já tinha tido funções de vogal na administração.

Ao comunicarem ao ex-colega e ao seu genro que estavam a ser investigado, sabendo que o processo estava em segredo de justiça, os membros da administração da entidade bancária quebraram as regras de sigilo a que estavam obrigados.

A SIC contactou a Caixa de Crédito Agrícola Central que esclareceu que associada de Bragança não confirmou a informação veiculada pela comunicação social, acrescentando que “não deixará de exercer as competências que lhe estão atribuídas legal e estatutariamente, tendo, desde já, desencadeado as necessárias averiguações”.

Jorge Magalhães foi também contactado pela SIC, mas recusou prestar esclarecimentos. No entanto, a SIC sabe que tanto Jorge Magalhães como a Caixa de Crédito Agrícola de Bragança foram alvo de buscas na passada segunda-feira.

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