Operação Miríade

Operação Miríade: apreendidas mais de 1.500 pedras preciosas e recibos de 1 M€

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Investigação a tráfico de diamantes, ouro e drogas em missões militares.

A SIC teve acesso à lista de apreensões que resultaram das buscas da semana passada, no processo dos comandos suspeitos de tráfico, em missões militares, operação Miríade: mais de 1.500 pedras preciosas, entre elas diamantes, e recibos de transferências de 1 milhão de euros.

Rubis, quartzos e dois diamantes, um deles com um certificado com a inscrição "Antuérpia" - a cidade belga conhecida como a capital mundial do comércio de diamantes - estavam guardados em sacos com etiquetas escondidos num apartamento no Barreiro.

Ao todo, foram mais de 1.500 pedras preciosas encontradas numa só casa, propriedade de uma arguida do processo de tráfico em missões militares. As pedras fazem parte da enorme lista de apreensões, a que a SIC teve acesso, feitas há uma semana durante a operação da Polícia Judiciária (PJ).

O que foi encontrado em casa do principal arguido?

Na casa de Camarate do principal arguido, o antigo comando Paulo Nazaré, as autoridades encontraram um caderno com notas sobre negócios de ouro e um contrato de venda, outro relativo a um negócio com a República do Uganda, três recibos de transferências de 650 euros e documentos de uma viagem à Guiné-Bissau em fevereiro.

A PJ apreendeu também um recibo de uma transferência de 500 euros, 1195 euros em numerário e um contrato no automóvel do alegado líder da rede de tráfico.

No total: nais de 1.500 pedras preciosas, milhares de euros e recibos de transferências

Ao todo, as autoridades apreenderam em todo o país, além das 1.500 pedras preciosas, mais de 16 mil euros em numerário, recibos relativos a transferências de quase 1 milhão de euros, balanças, lupas e sensores.

Havia 85 cartões multibanco numa só casa, documentos de identificação, alguns deles falsos, computadores, um taser, gás pimenta, uma munição e uma mota.

Os objetos estão agora apreendidos à ordem do processo que investiga uma rede de tráfico e branqueamento de capitais, composta por mais de 60 pessoas com recurso a mais de 40 empresas.

Há suspeitas de contrabando, associação criminosa, branqueamento, falsificação de documento, acesso ilegítimo, burla informática e fraude fiscal.

Alegado líder geria rede pela Internet

O alegado líder da rede geria o contrabando de diamantes através da Internet em Portugal e numa das operações chegou a negociar por videochamada a compra de 10 mil euros de pedras preciosas em dinheiro vivo.

Segundo o despacho de indiciação a que a SIC teve acesso, antes de Paulo Nazaré regressar a Portugal, terá montado uma estrutura com a ajuda de outros militares Comandos que lhe permitia controlar o contrabando dos diamantes à distância.

A investigação refere que o alegado cabecilha da rede usava as redes sociais e as novas tecnologias para garantir que as pedras preciosas aterravam mesmo em Portugal, em voos militares que não seriam fiscalizados, nem à partida, nem à chegada.

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